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Wednesday 18 November 2020

Pope Benedict XVI's Prayer (translated into Portuguese)

 You can read the German original text here.

 

 SENHOR JESUS CRISTO,

 

São mais de dezenove séculos desde quando Vós, o Verbo eterno de Deus, entrastes no tempo e Vos fizestes carne – Vós vos fizestes homem. Não rejeitastes a Vossa natureza humana como um vestido depois de a ter assumido por pouco tempo. Não, até a Vossa morte sobre a cruz Vós a assumistes, Vós a tendes transpassada e sofrestes por ela, e permaneceis, depois de ressuscitado, homem para sempre. Na parábola, Vos comparastes com o grão de trigo que cai na terra e morre, mas não permanece isolado, antes, emerge de novo e produz constantemente fruto. Na Sagrada Eucaristia Vós sempre estais presente entre nós, Vos entregais em nossas mãos e aos nossos corações, a fim de que possa surgir uma nova humanidade. O Vosso fazer-Vos homem não é para nós uma experiência distante, ao contrário, toca a todos, chama-nos a todos. Ajudai-nos a compreender sempre mais. Ajudai-nos a viver e a morrer no segredo do grão de trigo e a contribuir com o surgimento de uma nova humanidade.

                Antes de deixardes este mundo e de voltardes ao Pai, para depois voltardes entre nós, Vós entregastes a alguns homens a missão de ir a todo o mundo e de batizar os povos em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. E o ser batizados nos faz ser uma nova comunidade, a Vossa Igreja. Como anunciastes, este Vosso novo Corpo – que se estende por todo o mundo – se distingue pela Vossa proximidade, que anima o próprio Corpo. Mas é também distinto pela nossa fragilidade, que se supera apenas lentamente.

                Neste momento da nossa história, agradecemo-Vos pela graça de ter-nos chamado a fazer parte da Vossa Igreja. Agradecemo-Vos pelas realidades belas e grandes que se tornam visíveis no mundo por meio dela. E Vos pedimos que nos ajudeis a enfrentar a obscuridade que, de tempos em tempos, é sempre ameaçadoramente ativa dentro dela. (…)

                A missão da Igreja é, portanto, também aquela de aglomerar as várias línguas e as histórias de cada parte em uma nova unidade. Nesta situação, pensamos antes de tudo nos inícios da Fé no interior da nossa pátria, à época em que Vós nos enviastes a grande figura de São Martinho, bispo de Tours. Martinho nasceu na nossa terra – a então província romana da Panônia – e as suas origens fazem que nos pertença para sempre de um modo especial. Seguindo a vontade do seu pai, ele se tornou um soldado romano e chegou à Gália, ao outro extremo do continente. Encontrou-vos a Vós, Senhor Jesus Cristo, na figura de um mendigo e, dividindo com ele o seu manto – a sua casa, poderíamos dizer –, Vos reconheceu no seu coração. Vós lhe concedestes um grande mestre, Hilário de Poitiers, que iluminou a sua inteligência e, de tal modo, protegeu-o das insídias do arianismo. Assim, ele foi preservado daquela falsa norma da Fé cristã, que transmitia aos povos recentemente convertidos uma imagem diminuída de Nosso Senhor e impedia, portanto, o acesso à verdadeira Fé. Seguindo as pegadas de Santo Hilário, São Martinho voltou ainda uma vez à sua terra, para, depois, retornar novamente à Gália, onde iniciou o grande ministério da sua vida.

                Também hoje a nossa Fé é ameaçada por mudanças reducionistas, cujas modas mundanas querem submetê-la para subtraí-la à sua grandeza.

                Ajudai-nos, Senhor, neste nosso tempo, a ser e a permanecer verdadeiramente católicos – a viver e a morrer na grandeza da Vossa verdade e na Vossa divindade. Dai-nos sempre bispos corajosos, que nos guiem à unidade da Fé, com os santos de todos os tempos, e nos mostrem como agir de modo adequado ao serviço da reconciliação, à qual o nosso episcopado é chamado de modo especial. Senhor Jesus Cristo, tende piedade de nós.

 

Benedictus XVI

Mosteiro Mater Ecclesiæ, 8 de junho de 2019

Thursday 1 September 2016

"Salve Regina" by Hermannus Contractus (in Latin, French, Italian, and German)



Salve, Regina, mater misericordiae
Vita, dulcedo, et spes nostra, salve.
Ad te clamamus, exsules, filii evae.
Ad te suspiramus, gementes et flentes
in hac lacrimarum valle.

Eia ergo, Advocata nostra,
illos tuos misericordes oculos
ad nos converte.
Et Iesum, benedictum fructum ventris tui,
nobis post hoc exsilium ostende.
O clemens, O pia, O dulcis Virgo Maria.

V:  Ora pro nobis sancta Dei Genetrix.
R: Ut digni efficiamur promissionibus Christi. Amen.

* * *

Salut, ô Reine, Mère de miséricorde :
notre vie, notre douceur et notre espérance, salut!

Enfants d'Ève, malheureux exilés,
nous élevons nos cris vers vous;
nous soupirons vers vous,
gémissant et pleurant dans cette vallée de larmes.

O notre avocate, tournez donc vers nous vos regards miséricordieux;
et au sortir de cet exil, montrez-nous Jésus,
le fruit béni de vos entrailles,
ô clémente, ô charitable, ô douce Vierge Marie!

V:  Priez pour nous, sainte Mère de Dieu,
R:  afin que nous devenions dignes des promesses de Jésus Christ.

* * *

Salve, Regina, madre di misericordia,
 vita, dolcezza e speranza nostra, salve.

A te ricorriamo, esuli figli di Eva; a te sospiriamo,
gementi e piangenti in questa valle di lacrime.
Orsù dunque, avvocata nostra,
rivolgi a noi gli occhi tuoi misericordiosi.

E mostraci, dopo questo esilio,
Gesù, il frutto benedetto del tuo seno.
O clemente, o pia, o dolce Vergine Maria.

V:  Prega per noi, Santa Madre di Dio.
R:  E saremo degni delle promesse di Cristo.

* * *

Sei gegrüßt, o Königin,
Mutter der Barmherzigkeit,
unser Leben, unsre Wonne
und unsere Hoffnung, sei gegrüßt!

Zu dir rufen wir verbannte Kinder Evas;
zu dir seufzen wir
trauernd und weinend in diesem Tal der Tränen.

Wohlan denn, unsre Fürsprecherin,
deine barmherzigen Augen
wende uns zu
und nach diesem Elend[6] zeige uns Jesus,
die gebenedeite Frucht deines Leibes.
O gütige, o milde, o süße Jungfrau Maria.