Tuesday 1 September 2015

Untitled Poem by José Thiesen (in Portuguese)

Mantenho-te sempre
Adiante de mim,
Radiante, como quando te vi primeiro,
Cálice de rubro amor
Onde se afoga meu
Silente canto dum afeto que não te fala.

Pária sou dos teus afetos,
Asco te causa meu toque,
Última dor de minha vida.
Longe de ti, fora de ti,
Onde estou é a sombra dum mundo.

Amanhã vou seguir triste
Num mundo de só tristeza e crises sombras
Sem ti, tenho que buscar a luz nas trevas.
E aí estás tu, feliz com teu amor.
Lacuna que dói, és um gáudio mortal, insuportável,
Mas que me força a olhar para longe, pra fora de mim,
Onde me encontro.

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