Na face tão hórrida da Górgona
correm filetes de sangue fresco;
da boca tão feia desse monstro
sai um vagido surdo, medonho.
Como fazer face a tal pesadelo?
Como, os seus olhos fitar, tão
plenos que são de morte e pavor,
sem petrificar por inteiro, num átimo?
Tal nosso destino em nossa vida:
por todos os dias estar diante dela,
evitando seus olhos defuntos, até o
momento em que lhe damos nosso olhar.
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