AS TRÊS MAÇÃZINHAS DE OURO
Foi uma vez, haviam tres irmãos e foi um dia, o mais jovem deles ganhou tres maçãzinhas d’oiro.
Disso veio que os dois manos mais velhos encheram-se de cobiça e inveja a tal ponto que veio o dia em que eles decidiram matar o irmão e roubar-lhe as frutas áureas.
Foi decidir e fazer, mas o jovem inocente percebeu a cilada e engoliu as maçãzinhas.
E morto foi e despido, mas os assassinos não acharam os pomos d’ouro
Frustrados, os dois perversos enterraram o morto num monte e mentiram aos seus pais sobre a morte do irmão.
Passou um tempo e no lugar onde foi enterrado, nasceu uma cana.
Veio um pastor, cortou a cana e fez uma frauta. Soprou nela, mas em vez de música veio um lamento assim:
Toca, toca, meu pastor.
Me mataram os meus manos
P’ra roubarem as maçãs
Mas ficaram só c'o sangue.
Mais o pastor soprava a gaita, mais triste era o lamento, de jeito que o pastor tomou-se de medo e deu a frauta a um outro que também, por medo, passou a outro que a passou a outro e assim foi até que a flauta chegou aos pais do menino morto.
Ouviram o lamento e reconheceram a voz do filho desaparecido.
Então foram atrás de quem lhes dera a flauta para saber onde a conseguira e assim, de um em um, chegaram ao pastor que lhes levou ao mote onde florescia a cana.
Cavaram, os velhos, e acharam os ossos do filho e, entre eles, as maçãzinhas de ouro.
Chatham, 22.11.2020.
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