Tuesday, 9 September 2014

"O Sorriso do Tio Pavel Pleffel" (Chapter VIII) by José Thiesen (in Portuguese)



            Foi u’a manhã de sol, clara e limpa.
        Ele deixou-me só no quarto para que me vestisse. A casa estava estranhamente vazia e silenciosa. Não vi sinal de minha mãe, coisa estranhíssima, pois era suposto vê-la a limpar a casa enquanto ouvia algum programa na televisão.
            Encontrei o sr. Pavel na rua.
          Quando acheguei-me a ele, Pavel começou a esquadrinhar o céu, como à procura de alguma coisa. Então, derrepente, ele exclamou:
            - Táxi! Cá em baixo, por favor!
        Ele movia a cabeça, como a acompanhar alguma coisa descendo do céu e parando à nossa frente, mas na estrada, junto ao cordão da calçada. Eu não via coisa alguma, mas já preparando-me para coisas não ordinárias, como a minha casa vazia, a despeito de mamãe, e o laboratório do tio Clóvis, simplesmente o acompanhei, preparando-me para tudo.
           O sr. Pavel avançou, pois, desceu o cordão da calçada e ficou de lado para ele, como se tivesse entrado em algum veículo.
            - Venha, disse ele e simplesmente obedeci, ficando ao seu lado.
          Eu sentia-me um pouco ridículo, parado junto ao meio-fio ao lado daquele homem tão sério que então, falou como se se dirigisse a alguém à sua frente: O salão de festas, por favor.
          E então, uma... força, talvez, nos pegou por tras obrigando-nos a sentar no ar e ergueu-nos, rumo ao céu, acima das nuvens!
Foi das coisas mais excitantes que jamais experimentei! O chão ficando lá longe, as pessoas ficando tão pequeninas que desapareciam , as ruas tornando-se um emaranhado de linhas, de riscos até chegarmos às nuvens que nos esconderam todo o bulicio do mundo lá embaixo!

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