Tuesday, 6 October 2015

Untitled Poem by José Thiesen (in Portuguese)


Donde vem tal vento, quente sopro de verão?
Pra onde eu corro, abertos braços, nesta manhã tão linda?
Quais os lábios que proferem as palavras que eu bebo, sedento?
Tais palavras são como pérolas pescadas no fundo d'universo.
É sempre tu, tão perto e tão longe;
Tua ausência, tão constante presença,
Tua presença, notada ausência.
Por uma, o coração sempre a chorar,
Por outra, a alma, sempre consolada -
E nisso consiste o leito destas núpcias.

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