Sigo correndo pelo vale fundo,
colorido de verde pelo macio
musgo que medra ali.
Sigo a correr pelo vale fundo,
frio, sem sol, onde água brota
das pedras limosas.
Corro, sempre, pelo vale fundo
a ouvir o eco de meus passos,
e os daquilo que me persegue.
Vou correndo pelo vale fundo,
já sem esp'rança d'encontrar saída
para o sol, lá fora.
Paro de correr pelo vale fundo
e me volto para a fera de olhos ardentes
que salta sobre mim... e o sol me sorri.
***
Como semente à terra lançada
Como chuva que beija a terra
tu desabrochas a alma minha.
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