E continuou Jesus: “Em verdade vos digo que,
aquele que não me deseja, não sabe o que deseja e aquele que não me quer, não
sabe o que quer!”
João, então, lhe
pediu: “Senhor, não nos deixes!”
Jesus o beijou na
fronte e disse: “Se eu não vos for tirado, não me tereis para sempre. Foi por
vós e pelos que virão depois de vós e pelos que vieram antes de vós que desci
do Céu e, deixando a glória de meu Pai, me fiz igual aos homens. Por causa
de vossos pais estáveis perdidos, como ovelhas sem pastor.
“Eu sou o bom pastor e vim e vos mostrei o meu Pai e vosso Pai. Se
permanecerdes em mim, permanecereis em meu Pai e tereis a vida eterna! Na casa
de meu Pai, as crianças brincarão com os leões e a serpente não mais vos
matará.
“Louvado sejas, meu Pai! Eles eram teus e os
destes a mim e os dou a ti! Lembra-te de mim em meu trono e glorifica-me e
lembra-te deles para que não se dispercem. Santificado sejas, meu Pai, hoje e
sempre, no céu e na terra, porque agora tudo se irá cumprir. Lembra-te de mim e
da glória que tinha ao teu lado e deles, para que não se percam por causa das
tentações.”
Tendo dito estas coisas, saiu com os doze e foi
com eles a um jardim e lá se pôs a orar.
Logo os doze dormiam, mas Jesus estava tomado de
grande pavor e angústia, porque queria fugir dali.
Foi e acordou os doze pedindo-lhes que rezassem
com ele, mas logo eles voltaram a dormir.
Jesus orava com grande clamor e lágrimas pedindo
que o Pai o liberasse do que estava por vir e, vendo que os doze dormiam, foi e
os acordou, mas eles não perseveraram na oração e voltaram a dormir.
Jesus, então, tomado de grande angústia, suou
sangue e os discípulos, depois, viram o sangue que escorrera dele, na pedra em
que se apoiara para rezar.
Novamente Jesus acordou os doze para orarem com
ele, mas então viu Judas, o traidor, aproximar-se com soldados do templo.
Dando um sentido suspiro, Jesus baixou a cabeça e
resignou-se à vontade do Pai.
Judas veio e beijando Jesus, disse: “Mestre!”, que
este era o sinal combinado para os soldados reconhecerem a Jesus.
Os soldados se achegaram e amarraram as mãos de
Jesus.
Rocha, para defender Jesus, avançou com uma espada
e cortou a orelha de um dos soldados, o chamado Malco, mas Jesus ordenou-lhe: “Guarda
a tua espada! Então não hei de beber do cálice que meu Pai me destinou?”
E recolhendo a orelha caida no chão, recolocou-a
em seu lugar e Malco caiu ao chão, assustado.
Jesus continou: “Quem vive pela espada, por ela
morrerá!”
Então os soldados levaram Jesus à casa do Sumo
Sacerdote que, naquele ano, era Caifás.
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