um sofrimento sem fim.
Não se acaba o cálice,
não se acaba o seu licor,
não se acaba o meu penar.
Venho do fundo de noites
longas e vazias, sozinho.
Cada noite o repositório
de lágrimas e cada lágrima,
partes dum amor que ninguém quiz.
Rompe a manhã, vermelha,
com promessas de novas dores.
***
Caminho pelas alamedas frias de Hyde Park,
nevadas e mortas, como eu mesmo.
Encontro um esquilo que me olha, ávido,
e meu coração se rasga, ávido de teu amor.
Me tento convencer de que amar, ventura possa ser,
mas já no piscar dos olhos dum esquilo
meu coração por inteiro se rasgou.
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