Meu coração é como abadia de corredores negros
habitada por negros monges de olhos brancos, cegos,
que cantam lamentos tristes de meus sonhos mortos.
E eu sigo ouvindo suas tristes vozes em meu coração,
toadas tristes que vão contando os negros monges
de olhos brancos a mirar um céu que não vêem.
E seguem cantando os monges cegos em meu coração,
sem flor, nem pássaros ou luz em seus olhos brancos.
Um canto que ecoa clamor não atendido, um choro
não soluçado que vai, cantado só pelos monges cegos
em meu coração, abadia de corredores negros.
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