Vai-se a primeira
pomba despertada...
Vai-se outra mais...
mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se
dos pombais, apenas
Raia sanguínea e
fresca a madrugada...
E à tarde, quando
a rígida nortada
Sopra, aos
pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas,
sacudindo as penas,
Voltam todas em
bando e em revoada...
Também dos
corações onde abotoam,
Os sonhos, um por
um, céleres voam,
Como voam as
pombas dos pombais;
No azul da
adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos
pombais as pombas voltam,
E eles aos
corações não voltam mais...
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