Homem, da vida as
sombras inclementes
Interrogas em
vão: - Que céus habita Deus?
Onde essa região
de luz bendita,
Paraíso dos
justos e dos crentes?
Em vão tateiam
tuas mãos trementes
As entranhas da
noite erma, infinita,
Onde a dúvida
atroz blasfema e grita,
E onde há só
queixas e ranger de dentes...
A essa abóbada
escura, em vão elevas
Os braços para o
Deus sonhado, e lutas
Por abarcá-lo; é
tudo em torno trevas...
Somente o vácuo
estreitas em teus braços;
E apenas, pávido,
um ruído escutas
Que é o ruído dos
teus próprios passos!...
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