Wednesday 6 August 2014

“O Sorriso do Tio Pavel Pleffel” (Chapter III) by José Thiesen (in Portuguese)



            Eu não podia evitar um fascínio e um pasmo tremendos diante desse homem tão estranho. Ele agira o tempo todo como se me conhecesse e estivesse esperando por mim!
            Ele estendeu-me a mão e a tomei, pois por alguma estranha razão, não o temia.
            Não caminhamos muito e paramos diante de uma casa branca com flores vermelhas nas janelas. Era uma casa com um desenho um tanto estranho e nunca a tinha visto antes, nem a tornei a ve-la depois.
            Ele bateu na porta com o cabo do guarda-chuva e logo a porta foi aberta por um gato!
            - Pavel Pleffel! exclamou o gato.
            - Bom dia, Carlos. Tio Clóvis está em casa?
            - No laboratório. Entrem, por favor!
            Entramos e era uma casa em penumbra, por causa das janelas fechadas. Era bonita, decorada com móveis muito antigos, mas tudo limpo e arrumado.
            Conforme caminhávamos pela casa, as luzes se iam acendendo à nossa frente, apagando-se às nossas costas. Era estranho como, de fora, a casa era assim de um tamanho regular, mas parecia enorme por dentro. Atravessamos dois salões antes de chegarmos a uma larga escada e subirmos por ela.
            O gato, não via desde que entramos. Sumira-se na penumbra da casa.
            Seguimos por um corredor longo que dobrava pra cá, dobrava pra lá e finalmente chegamos a uma porta azul que se abriu ao nos ver.

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