Este o país ideal
que em sonhos douro;
Aqui o estro das
aves me arrebata,
E em flores,
cachos e festões, desata
A Natureza o
virginal tesouro;
Aqui, perpétuo
dia ardente e louro
Fulgura; e, na
torrente e na cascata,
A água alardeia
toda a sua prata,
E os laranjais e
o sol todo o seu ouro...
Aqui, de rosas e
de luz tecida,
Leve mortalha
envolva estes destroços
Do extinto amor,
que inda me pesam tanto;
E a terra, a mãe
comum, no fim da vida,
Para a nudeza me
cobrir dos ossos,
Rasgue alguns
palmos do seu verde manto.
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