Eu não podia evitar um
fascínio e um pasmo tremendos diante desse homem tão estranho. Ele agira o
tempo todo como se me conhecesse e estivesse esperando por mim!
Ele estendeu-me a mão e a
tomei, pois por alguma estranha razão, não o temia.
Não caminhamos muito e
paramos diante de uma casa branca com flores vermelhas nas janelas. Era uma
casa com um desenho um tanto estranho e nunca a tinha visto antes, nem a tornei
a ve-la depois.
Ele bateu na porta com o
cabo do guarda-chuva e logo a porta foi aberta por um gato!
- Pavel Pleffel! exclamou o
gato.
- Bom dia, Carlos. Tio
Clóvis está em casa?
- No laboratório. Entrem,
por favor!
Entramos e era uma casa em
penumbra, por causa das janelas fechadas. Era bonita, decorada com móveis muito
antigos, mas tudo limpo e arrumado.
Conforme caminhávamos pela
casa, as luzes se iam acendendo à nossa frente, apagando-se às nossas costas. Era
estranho como, de fora, a casa era assim de um tamanho regular, mas parecia
enorme por dentro. Atravessamos dois salões antes de chegarmos a uma larga
escada e subirmos por ela.
O gato, não via desde que
entramos. Sumira-se na penumbra da casa.
Seguimos por um corredor
longo que dobrava pra cá, dobrava pra lá e finalmente chegamos a uma porta azul
que se abriu ao nos ver.