Pálida, à luz da
lâmpada sombria,
Sobre o leito de
flores reclinada,
Como a lua por
noite embalsamada,
Entre as nuvens
do amor ela dormia!
Era a virgem do
mar! Na escuma fria
Pela maré das
águas embalada!
Era um anjo entre
nuvens d’alvorada
Que em sonhos se
banhava e se esquecia!
Era mais bela! O
seio palpitando...
Negros olhos as
pálpebras abrindo...
Formas nuas no
leito resvalando...
Não te rias de
mim, meu anjo lindo!
Por ti — as
noites eu velei chorando,
Por ti — Nos
sonhos morrerei sorrindo!