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Saturday, 26 March 2022

General Audience by Pope Benedict XVI (translated into Portuguese)

Vaticano, 27 de Janeiro de 2010.

 

Queridos irmãos e irmãs,

Numa catequese recente já ilustrei o papel providencial que a Ordem dos Frades Menores e a Ordem dos Padres Pregadores, fundadas, respectivamente, por São Francisco de Assis e por São Domingos de Gusmão, tiveram na renovação da Igreja do seu tempo. Hoje, gostaria de vos apresentar a figura de Francisco, um autêntico “gigante” da santidade, que continua a fascinar muitíssimas pessoas de todas as idades e religiões.

“Nasceu no mundo um sol”. Com estas palavras, na Divina Comédia (Paraíso, Canto XI), o sumo poeta italiano Dante Alighieri alude ao nascimento de Francisco, ocorrido entre o final do ano 1181 e o início de 1182, em Assis. Pertencente a uma família rica – o pai era comerciante de tecidos – Francisco transcorreu uma adolescência e uma juventude tranquilas, cultivando os ideais cavalheirescos da época. Com vinte anos participou numa campanha militar, e foi aprisionado. Adoeceu e foi libertado. Depois do regresso a Assis, começou nele um lento processo de conversão espiritual, que o levou a abandonar gradualmente o estilo de vida mundano que tinha praticado até então.

Remontam a esta época os célebres episódios do encontro com o leproso, no qual Francisco, descendo do cavalo, deu-lhe o ósculo da paz, e da mensagem do Crucifixo na pequena Igreja de São Damião. Três vezes Cristo, na Cruz, ganhou vida, e disse-lhe: “Vai, Francisco, e repara a minha Igreja em ruínas”.

Este simples acontecimento da palavra do Senhor ouvida na igreja de São Damião esconde um simbolismo profundo. Imediatamente, São Francisco é chamado a reparar esta pequena igreja, mas o estado de ruínas deste edifício é símbolo da situação dramática e preocupante da própria Igreja naquele tempo, com uma fé superficial que não forma e não transforma a vida, com um clero pouco zeloso, com o refrear-se do amor; uma destruição interior da Igreja que implica também uma decomposição da unidade, com o nascimento de movimentos heréticos.

Contudo, no centro desta Igreja em ruínas está o Crucifixo e fala: chama à renovação, chama Francisco a um trabalho manual para reparar concretamente a pequena igreja de São Damião, símbolo da chamada mais profunda a renovar a própria Igreja de Cristo, com a sua radicalidade de fé e com o seu entusiasmo de amor a Cristo.

Esse acontecimento, que aconteceu provavelmente em 1205, faz pensar em outro evento semelhante que se verificou em 1207: o sonho do Papa Inocêncio III. Ele vê em sonhos que a Basílica de São João de Latrão, a igreja-mãe de todas as igrejas, está a desabar, e um religioso pequeno e insignificante ampara com os seus ombros a igreja, para que não caia. É interessante notar, por um lado, que não é o Papa quem dá ajuda para que a igreja não desabe, mas um religioso pequeno e insignificante, que o Papa reconhece em Francisco que o visita.

Inocêncio III era um Papa poderoso, de grande cultura teológica, assim como de grande poder político; contudo não é ele quem renova a Igreja, mas um religioso pequeno e insignificante: é São Francisco, chamado por Deus. Por outro lado, é importante observar que São Francisco não renova a Igreja sem ou contra o Papa, mas em comunhão com ele. As duas realidades caminham juntas: o Sucessor de Pedro, os Bispos, a Igreja fundada na sucessão dos Apóstolos e o carisma novo que o Espírito Santo cria neste momento para renovar a Igreja. Ao mesmo tempo, cresce a verdadeira renovação.

Voltemos à vida de São Francisco. Dado que o pai, Bernardone, lhe reprovava a demasiada generosidade para com os pobres, Francisco, diante do Bispo de Assis, com um gesto simbólico despojou-se das suas roupas, com a intenção de renunciar assim à herança paterna: como no momento da criação, Francisco nada possui, mas só a vida que Deus lhe doou, em cujas mãos ele se entrega. Depois, viveu como um eremita, até quando, em 1208, teve lugar outro acontecimento fundamental no itinerário da sua conversão: ouvindo um trecho do Evangelho de Mateus – o sermão de Jesus aos Apóstolos enviados em missão – Francisco sentiu-se chamado a viver na pobreza e a dedicar-se à pregação.

Outros companheiros se uniram a ele, e em 1209 veio a Roma, para submeter ao Papa Inocêncio III o projeto de uma nova forma de vida cristã. Recebeu um acolhimento paterno daquele grande Pontífice que, iluminado pelo Senhor, intuiu a origem divina do movimento suscitado por Francisco. O Pobrezinho de Assis tinha compreendido que cada carisma doado pelo Espírito Santo deve ser colocado ao serviço do Corpo de Cristo, que é a Igreja; portanto agiu sempre em plena comunhão com a autoridade eclesiástica. Na vida dos santos não há contraste entre carisma profético e carisma de governo e, se surge alguma tensão, eles sabem esperar com paciência os tempos do Espírito Santo.

Na realidade, alguns historiadores no século XIX e também no século passado procuraram criar, por detrás do Francisco da tradição, um chamado “Francisco histórico”, assim como se procura criar por detrás do Jesus dos Evangelhos, um chamado “Jesus histórico”. Este Francisco histórico não teria sido um homem de Igreja, mas um homem relacionado imediatamente só com Cristo, um homem que queria criar uma renovação do povo de Deus, sem formas canônicas nem hierarquia. A verdade é que São Francisco teve realmente uma relação muito imediata com Jesus e com a Palavra de Deus, que queria seguir sine glossa, isto é, tal qual é, em toda a sua radicalidade e verdade.

Verdade que, inicialmente, ele não tinha a intenção de criar uma Ordem com as formas canônicas necessárias, mas simplesmente desejava renovar o povo de Deus e, com a Palavra de Deus e com a Presença do Senhor, convocá-lo de novo para a escuta da mesma Palavra e para a obediência verbal a Cristo. Porém, além disso, ele sabia que Cristo nunca é “meu”, mas é sempre “nosso”, que não posso tê-lo “eu” e reconstruir “eu”, indo contra a Igreja, a sua vontade e o seu ensinamento, mas só na comunhão da Igreja construída sobre a sucessão dos Apóstolos é que se renova também a obediência à Palavra de Deus.

É também verdade que não tinha a intenção de criar uma nova ordem, mas apenas de renovar o povo de Deus para o Senhor que vem. Mas compreendeu, com sofrimento e dor, que tudo deve ter a sua ordem, que também o Direito da Igreja é necessário para dar forma à renovação, e assim inseriu-se realmente de modo total, com o coração, na comunhão da Igreja, com o Papa e com os Bispos.

Sabia Francisco, sempre, que o centro da Igreja é a Eucaristia, na qual o Corpo de Cristo e o seu Sangue se tornam presentes. Através do Sacerdócio, a Eucaristia é a Igreja. Onde caminham juntos Sacerdócio de Cristo e comunhão da Igreja, então ali habita também a Palavra de Deus. O verdadeiro Francisco histórico é o Francisco da Igreja, e precisamente deste modo fala também aos não crentes, aos fiéis de outras confissões e religiões.

Francisco e seus frades, cada vez mais numerosos, estabeleceram-se na Porciúncula, ou igreja de Santa Maria dos Anjos, lugar sagrado por excelência da espiritualidade franciscana. Também Clara, uma jovem de Assis, de família nobre, pôs-se na escola de Francisco. Assim, teve origem a Segunda Ordem franciscana, a das Clarissas, outra experiência destinada a dar frutos insignes de santidade na Igreja.

Também o sucessor de Inocêncio III, Papa Honório III, com a sua bula Cum dilecti (1218), apoiou o singular desenvolvimento dos primeiros Frades Menores, que iam abrindo as suas missões em diversos países da Europa e até em Marrocos. Em 1219, Francisco obteve a autorização para ir falar, no Egito, com o sultão muçulmano Melek-el-Kamel, para pregar também ali o Evangelho de Jesus. Desejo ressaltar este episódio da vida de São Francisco, que tem uma grande atualidade.

Numa época na qual se estava a verificar um confronto entre o Cristianismo e o Islã, Francisco, intencionalmente armado só com a sua fé e com a sua mansidão pessoal, percorreu com eficácia o caminho do diálogo. As crônicas falam-nos de um acolhimento benévolo e cordial recebido do sultão muçulmano. É um modelo no qual também hoje se deveriam inspirar as relações entre cristãos e muçulmanos: promover um diálogo na verdade, no respeito recíproco e na compreensão mútua (cf. Nostra aetate, 3). Parece que depois, em 1220, Francisco visitou a Terra Santa, lançando assim uma semente que teria dado muito fruto: de fato, os seus filhos espirituais fizeram dos lugares nos quais Jesus viveu um âmbito privilegiado da sua missão. Com gratidão, penso hoje nos grandes méritos da Custódia franciscana da Terra Santa.

Tendo regressado à Itália, Francisco entregou o governo da Ordem ao seu vigário, frei Pedro Cattani, enquanto o Papa confiou à proteção do Cardeal Ugolino, futuro Sumo Pontífice Gregório IX, a Ordem, que contava cada vez mais adeptos. Por seu lado, o Fundador, totalmente dedicado à pregação que desempenhava com grande sucesso, redigiu uma Regra, depois aprovada pelo Papa.

Em 1224, na ermida de La Verna, Francisco vê o Crucificado na forma de um serafim e, do encontro com o Serafim crucificado, recebeu os estigmas; ele torna-se assim um com Cristo Crucificado: um dom que expressa a sua íntima identificação com o Senhor.

A morte de Francisco – o seu transitus – aconteceu na noite de 3 de outubro de 1226, na Porciúncula. Depois de ter abençoado seus filhos espirituais, ele faleceu, estendido no chão nu. Dois anos mais tarde, foi construída em sua honra uma grande basílica em Assis, que ainda hoje é meta de muitíssimos peregrinos, que podem venerar o túmulo do santo e gozar da visão dos afrescos de Giotto, pintor que ilustrou de modo magnífico a vida de Francisco.

Foi dito que Francisco representa um alter Christus, que era verdadeiramente um ícone vivo de Cristo. Ele foi chamado também “o irmão de Jesus”. De fato, era este o seu ideal: ser como Jesus; contemplar o Cristo do Evangelho, amá-lo intensamente, imitar as suas virtudes. Em particular, ele quis dar um valor fundamental à pobreza interior e exterior, ensinando-a também aos filhos espirituais. A primeira bem-aventurança do Sermão da Montanha – bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus (Mt 5, 3) – encontrou uma luminosa realização na vida e nas palavras de São Francisco.

Deveras, queridos amigos, os santos são os melhores intérpretes da Bíblia; eles, encarnando na sua vida a Palavra de Deus, tornam-na atraente como nunca, de modo que fala realmente conosco. O testemunho de Francisco, que amou a pobreza para seguir Cristo com dedicação e liberdade totais, continua a ser também para nós um convite a cultivar a pobreza interior para crescer na confiança em Deus, unindo também um estilo de vida sóbrio e um desapego dos bens materiais.

Em Francisco, o amor a Cristo expressou-se de modo especial na adoração do Santíssimo Sacramento da Eucaristia. Nas Fontes franciscanas leem-se expressões comovedoras, como esta: “Toda a humanidade trema, o Universo inteiro trema e o Céu exulte, quando no Altar, na mão do sacerdote, está Cristo, o Filho do Deus vivo. Ó favor maravilhoso! Ó sublimidade humilde, que o Senhor do Universo, Deus e Filho de Deus, a tal ponto se humilhe que se esconda para a nossa salvação sob uma modesta forma de pão” (Francisco de Assis, Escritos, Editrici Franciscane, Pádua, 2002, 401).

Neste ano sacerdotal, apraz-me recordar também uma recomendação dirigida por Francisco aos sacerdotes: “Quando quiserem celebrar a Missa, puros e de modo puro, façam com reverência o verdadeiro Sacrifício do santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Francisco de Assis, Escritos, 399). Francisco mostrava sempre uma grande deferência em relação aos sacerdotes, e recomendava que fossem sempre respeitados, também no caso de serem pessoalmente pouco dignos. Dava como motivação deste profundo respeito o fato de que eles receberam o dom de consagrar a Eucaristia. Queridos irmãos no sacerdócio, nunca esqueçamos este ensinamento: a santidade da Eucaristia pede que sejamos puros, que vivamos de modo coerente com o Mistério que celebramos.

Do amor a Cristo nasce o amor às pessoas e também a todas as criaturas de Deus. Eis outra característica da espiritualidade de Francisco: o sentido da fraternidade universal e o amor pela criação, que lhe inspirou o célebre Cântico das criaturas. É uma mensagem muito atual. Como recordei na minha recente Encíclica Caritas in veritate, só é sustentável um desenvolvimento que respeite a criação e que não danifique o meio ambiente (cf. nn. 48-52), e na Mensagem para o Dia Mundial da Paz deste ano ressaltei que também a construção de uma paz sólida está relacionada com o respeito da Criação. Francisco recorda-nos que na Criação se manifesta a sabedoria e a benevolência do Criador. A natureza é entendida por ele precisamente como uma linguagem na qual Deus fala conosco, na qual a realidade se torna transparente e nós podemos falar de e com Deus.

Queridos amigos, Francisco foi um grande santo e um homem jubiloso. A sua simplicidade, a sua humildade, a sua fé, o seu amor a Cristo, a sua bondade para cada homem e mulher fizeram-no feliz em todas as situações. De fato, entre a santidade e a alegria, subsiste uma relação íntima e indissolúvel. Um escritor francês disse que no mundo só existe uma tristeza: a de não ser santo, isto é, de não estar próximo de Deus. Olhando para o testemunho de São Francisco, compreendemos que é este o segredo da verdadeira felicidade: tornar-nos santos, próximos de Deus!

Que a Virgem, ternamente amada por Francisco, nos obtenha este dom. Confiemo-nos a ela com as mesmas palavras do Pobrezinho de Assis:

 

    Santa Maria Virgem, não existe outra semelhante a ti nascida no mundo entre as mulheres, filha e escrava do altíssimo Rei e Pai celeste, Mãe do nosso santíssimo Senhor Jesus Cristo, esposa do Espírito Santo: interceda por nós... junto do teu santíssimo e dileto Filho, Senhor e Mestre!

    (Francisco de Assis, Escritos, 163)

 

BENTO XVI

 

Saturday, 22 January 2022

General Audience of Pope Pius XII (translated into Italian)

 

Udienza Generale, Mercoledì, 6 dicembre 1939.

 

La castità coniugale

Recentemente uniti da sacre promesse, cui corrispondono nuovi e gravi doveri, voi siete venuti, o diletti sposi novelli, presso il Padre comune dei fedeli, per ricevere le sue esortazioni e la sua benedizione. E Noi vorremmo indirizzare oggi i vostri sguardi verso la dolcissima Vergine Maria, di cui la Chiesa domani l'altro celebrerà la festa sotto il titolo della Immacolata Concezione, titolo soavissimo, preludio di tutte le altre sue glorie, anzi privilegio unico, a tal punto che esso sembra quasi identificato colla sua stessa persona: « Io sono », Ella disse a santa Bernardetta nella grotta di Massabielle « Io sono la Immacolata Concezione! ».

Un'anima immacolata! Chi di voi, almeno nei suoi migliori momenti, non ha desiderato di esserlo? Chi non ama ciò che è puro e senza macchia? Chi non ammira la bianchezza dei gigli che si specchiano nel cristallo di un limpido lago o le cime nevose che riflettono l'azzurro del firmamento? Chi non invidia l'anima candida di un'Agnese, di un Luigi Gonzaga, di una Teresa del Bambino Gesù?

L'uomo e la donna erano immacolati, allorché uscirono dalle mani creatrici di Dio. Macchiati poi dal peccato, dovettero cominciare, col sacrificio espiatorio di vittime senza macchia, l'opera della purificazione, che rese efficacemente redentrice solo il « sangue prezioso di Cristo, come di agnello immacolato e incontaminato » (I Petr., I, 19). E Gesù Cristo, per continuare l'opera sua, volle che la Chiesa, sua mistica Sposa, fosse « senza macchia né ruga . . ., ma santa ed immacolata » (Eph., V, 27). Ora tale è appunto. o cari giovani sposi. il modello che il grande Apostolo S. Paolo vi propone: «Uomini », egli ammonisce, «amate le vostre mogli, come anche Cristo ha amato la Chiesa » (Eph., V, 25), perché ciò che fa la grandezza del sacramento del matrimonio è il suo rapporto all'unione di Cristo e della Chiesa (Eph., III, 32).

Forse voi penserete che la idea di una purezza senza macchia si applica esclusivamente alla verginità, ideale sublime a cui Dio chiama non tutti i cristiani, ma soltanto delle anime elette. Queste anime voi le conoscete, ma, pur ammirandole, non avete creduto che tale fosse la vocazione vostra. Senza tendere alle sommità della rinunzia totale alle gioie terrestri, voi, seguendo la via ordinaria dei comandamenti, avete la legittima brama di vedervi circondati da una gloriosa corona di figli, frutto della vostra unione. Eppure lo stato matrimoniale, voluto da Dio per il comune degli uomini, può e deve avere anch'esso la sua purezza senza macchia.

È immacolato dinanzi a Dio chiunque compia con fedeltà e senza debolezza gli obblighi del proprio stato. Dio non chiama tutti i suoi figli allo stato di perfezione, ma in vita ciascuno di essi alla perfezione del suo stato: «Siate perfetti» diceva Gesù «come è perfetto il vostro Padre celeste» (Matth., V, 48). I doveri della castità coniugale voi li conoscete. Essi esigono un coraggio reale, talvolta eroico, e una fiducia filiale nella Provvidenza; ma la grazia del sacramento vi è stata data appunto per far fronte a questi doveri. Non vi lasciate dunque sviare da pretesti pur troppa in voga e da esempi disgraziatamente troppo frequenti.

Ascoltate piuttosto i consigli dell'angelo Raffaele al giovane Tobia, esitante a prendere per moglie la virtuosa Sara: «Ascoltami, e io ti insegnerò chi sono coloro sui quali il demonio ha del potere : sono quelli che abbracciano il matrimonio scacciando Dio da sé e dalla loro mente » (Tob., VI, 16-17). E Tobia, illuminato da questa angelica esortazione, disse alla sua giovane sposa: « Noi siamo figli dei santi, e non possiamo unirci come i Gentili, che non conoscono Dio » (Tob., VIII, S). Non dimenticate mai che l'amore cristiano ha uno scopo ben più alto che non sia quello di una fuggitiva soddisfazione.

Ascoltate infine la voce della vostra coscienza, che vi ripete interiormente l'ordine dato da Dio alla prima coppia umana: « Crescete e moltiplicatevi » (Gen., I, 22). Allora, secondo la espressione di S. Paolo, « il matrimonio sarà in tutto onorato e il talamo senza macchia» (Hebr., XIII, q.). Domandate questa grazia speciale alla Vergine Santa nel giorno della Sua prossima festa.

Tanto più perché Maria fu immacolata fin dalla sua concezione, per divenire degnamente Madre del Salvatore. Perciò la Chiesa così prega nella sua Liturgia, in cui risuona l'eco dei suoi dogmi: « O Dio, che per la Immacolata Concezione della Vergine preparasti al tuo Figlio una dimora degna di lui . . .» (Orat. in festo Immac. Conc. B. V. M.). Questa Vergine immacolata, divenuta Madre per un altro unico e divino privilegio, può dunque comprendere e i vostri desideri di purità interna e la vostra aspirazione alle gioie della famiglia. Più la vostra unione sarà santa e esente da peccato, più Iddio e la sua purissima Madre vi benediranno, fino al giorno in cui la Bontà suprema adunerà per sempre nel cielo quelli che si saranno in questo mondo amati cristianamente.

Con tale augurio e come pegno dei più abbondanti favori divini, Noi vi impartiamo di cuore, o diletti sposi novelli, come a tutti gli altri fedeli qui presenti, la Benedizione Apostolica.

Wednesday, 27 January 2021

General Audience of Pope Benedict XVI (translated into Portuguese)

Queridos irmãos e irmãs!

 

Hoje tomamos em consideração dois dos doze Apóstolos: Simão, o Cananeu, e Judas Tadeu – que não se deve confundir com Judas Iscariotes. Consideramo-los juntos não só porque nas listas dos Doze são sempre mencionados um ao lado do outro (cf. Mt 10, 4; Mc 3, 18; Lc 6, 15; Act 1, 13), mas também porque as notícias que a eles se referem não são muitas, exceto o fato que o Cânon neotestamentário conserva uma carta atribuída a Judas Tadeu.

Simão recebe um epíteto que varia nas quatro listas: Mateus o qualifica como “cananeu”, Lucas como “zelote”. Na realidade, as duas qualificações se equivalem, porque significam a mesma coisa: na língua hebraica, o verbo qanà’ significa “ser zeloso”, “dedicado”, e pode referir-se tanto a Deus, porque é zeloso do povo por Ele escolhido (cf. Êx 20, 5), quanto a homens que são zelosos no serviço ao único Deus, com dedicação total, como Elias (cf. 1 Rs 19, 10). Portanto, é possível que este Simão, se não pertencia exatamente ao movimento nacionalista dos zelotes, pelo menos tivesse como característica um zelo fervoroso pela identidade judaica e, por conseguinte, por Deus, pelo Seu povo e pela Lei divina. Simão, portanto, é colocado no antípoda de Mateus, que, sendo cobrador de impostos para o Império Romano, provinha de uma atividade considerada totalmente impura.

Sinal evidente de que Jesus chama os Seus discípulos e colaboradores das camadas sociais e religiosas mais diversas, sem exclusão alguma. Ele Se interessa pelas pessoas, não pelas categorias sociais ou pelas atividades! E o mais belo é que, no grupo dos Seus seguidores, todos, mesmo que diversos, coexistiam, superando as inimagináveis dificuldades: era o próprio Jesus o motivo da coesão, no qual todos se reencontravam unidos. Isto constitui claramente uma lição para nós, com frequência propensos a realçar as diferenças e talvez as contraposições, esquecendo que, em Jesus Cristo, nos é dada a força para superar os nossos conflitos. Levemos também em conta que o grupo dos Doze é a prefiguração da Igreja, na qual devem ter espaço todos os carismas, os povos, as raças, todas as qualidades humanas, que encontram a sua composição e a sua unidade na comunhão com Jesus.

No tocante a Judas Tadeu, ele é chamado assim pela tradição, que une dois nomes diferentes: enquanto Mateus e Marcos o chamam simplesmente de Tadeu (Mt 10, 3; Mc 3, 18), Lucas o chama de Judas de Tiago (Lc 6, 16; Act 1, 13). O sobrenome Tadeu tem derivação incerta: é explicado como sendo proveniente do aramaico taddà’, que significa “peito” e, por conseguinte, “magnânimo”, ou como abreviação de um nome grego, como Teodoro ou Teódoto. Dele são transmitidas poucas coisas. Só João destaca um pedido que ele fez a Jesus na Última Ceia. Diz Tadeu ao Senhor:

 

 “Senhor, por que deves manifestar-Te a nós e não ao mundo?“.

 

É uma pergunta de grande atualidade, que nós também fazemos ao Senhor: por que o Ressuscitado não se manifestou em toda a Sua glória aos Seus adversários para mostrar que o vencedor é Deus? Por que Se manifestou só aos discípulos? A resposta de Jesus é misteriosa e profunda. O Senhor diz:

 

“Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e o Meu Pai o amará e Nós viremos a ele e nele faremos morada” (Jo 14, 22-23).

 

Isto significa que o Ressuscitado deve ser visto e sentido também com o coração, de modo que Deus possa habitar em nós. O Senhor não se mostra como uma coisa. Ele quer entrar na nossa vida e, por isto, a Sua manifestação exige e pressupõe o coração aberto. Só assim nós vemos o Ressuscitado.

Foi atribuída a Judas Tadeu a paternidade de uma das Cartas do Novo Testamento, chamadas “católicas” porque não são voltadas a uma determinada Igreja local, mas a um círculo muito amplo de destinatários. De fato, ele se dirige “aos eleitos amados por Deus Pai e guardados para Jesus Cristo” (v. 1). A preocupação central deste escrito é alertar os cristãos quanto a todos aqueles que, sob o pretexto da graça de Deus, tentam desculpar a própria devassidão e desviar outros irmãos com ensinamentos inaceitáveis, introduzindo divisões na Igreja ao se deixarem “levar pelo próprio delírio” (v. 8): assim define Judas as suas doutrinas e ideias. Ele os compara inclusive com os anjos caídos, e, com palavras fortes, diz que eles “seguiram pelo caminho de Caim” (v. 11). Além disso, os classifica sem reticências como “nuvens sem água que os ventos levam; árvores de outono sem fruto, duas vezes mortas, desarraigadas; ondas furiosas do mar que repelem a espuma da sua torpeza; estrelas errantes condenadas à negrura das trevas eternas” (v. 12-13).

Talvez hoje não estejamos habituados a uma linguagem tão polêmica, mas ela nos diz uma coisa importante. No meio de todas as tentações que existem, com todas as correntes da vida moderna, devemos conservar a identidade da nossa fé. Certamente, o caminho da indulgência e do diálogo, que o Concílio Vaticano II felizmente empreendeu, deve ser sem dúvida prosseguido com firme constância. Mas este caminho do diálogo, tão necessário, não deve deixar esquecido o dever de reconsiderar e de evidenciar sempre, com igual força, as linhas-mestras irrenunciáveis da nossa identidade cristã. Por outro lado, é necessário manter em vista que esta nossa identidade exige força, clareza e coragem diante das contradições do mundo em que vivemos. Por isso o texto epistolar prossegue assim:

 

 “Mas vós, caríssimos, conservai-vos no amor de Deus, aguardando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna. Exercei a vossa misericórdia…” (v. 20-22).

 

A Carta se encerra com estas bonitas palavras:

 

 “Àquele, que é poderoso para nos preservar de toda queda e nos apresentar diante de sua glória, imaculados e cheios de alegria, 25.ao Deus único, Salvador nosso, por Jesus Cristo, Senhor nosso, sejam dadas glória, magni­ficência, império e poder desde antes de todos os tempos, agora e para sempre. Amém” (v. 24-25).

 

Vê-se bem que o autor destas frases vive plenamente a própria fé, à qual pertencem realidades grandes como a integridade moral e a alegria, a confiança e o louvor, motivado em tudo pela bondade do nosso único Deus e pela misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, tanto Simão, o Cananeu, quanto Judas Tadeu nos ajudam a redescobrir, sempre, de novo, e a viver incansavelmente a beleza da fé cristã, sabendo dar um testemunho dela que, ao mesmo tempo, é forte e sereno.

Quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Wednesday, 8 January 2020

General Audience by Pope Benedict XVI (translated into Portuguese by unknown translator)


Em minha audiência anterior apresentei a figura luminosa de Francisco de Assis, e hoje gostaria de vos falar de outro santo que, na mesma época, ofereceu uma contribuição fundamental para a renovação da Igreja do seu tempo. Trata-se de São Domingos, fundador da Ordem dos Pregadores, também conhecidos como Padres Pregadores.
O seu sucessor na orientação da Ordem, Beato Jordão da Saxônia, oferece um retrato completo de São Domingos no texto de uma oração famosa: “Inflamado de zelo por Deus e de ardor sobrenatural, pela tua caridade sem confins e o fervor do espírito veemente, consagraste-te inteiramente com o voto da pobreza perpétua à observância apostólica e à pregação evangélica”. É ressaltada precisamente esta característica fundamental do testemunho de Domingos: ele falava sempre com Deus e de Deus. Na vida dos santos, o amor pelo Senhor e pelo próximo, a busca da glória de Deus e da salvação das almas caminham sempre juntos.
Domingos nasceu em Caleruega, na Espanha, por volta de 1170. Pertencia a uma nobre família da Velha Castela e, ajudado por um tio sacerdote, formou-se numa célebre escola de Palência. Distinguiu-se imediatamente pelo interesse no estudo da Sagrada Escritura e pelo amor aos pobres, a tal ponto que chegou a vender os livros, que na sua época constituíam um bem de grande valor, para socorrer com o lucro as vítimas de uma carestia.
Tendo sido ordenado sacerdote, foi eleito cônego do cabido da Catedral na sua Diocese de origem, Osma. Embora essa nomeação pudesse representar para ele algum motivo de prestígio na Igreja e na sociedade, ele não a interpretou como um privilégio pessoal nem como o início de uma carreira eclesiástica brilhante, mas como um serviço a prestar com dedicação e humildade.
Não é porventura uma tentação –, a da carreira, do poder –, uma tentação da qual não estão imunes nem sequer aqueles que desempenham um papel de animação e de governo na Igreja? Recordei-o há alguns meses, durante a consagração de alguns Bispos: “Não procuremos o poder, o prestígio e a estima para nós mesmos... Sabemos como as coisas na sociedade civil e, com frequência, também na Igreja, sofrem pelo fato de que muitos deles, aos quais foi conferida uma responsabilidade, trabalham para si mesmos e não para a comunidade” (Homilia durante a Capela Papal para a Ordenação episcopal de cinco Excelentíssimos Prelados, 12 de setembro de 2009).
O Bispo de Osma, que se chamava Diogo, um pastor verdadeiro e zeloso, observou depressa as qualidades espirituais de Domingos, e quis valer-se da sua colaboração. Juntos, partiram para o Norte da Europa a fim de realizar missões diplomáticas que lhes eram confiadas pelo rei de Castela. Viajando, Domingos descobriu dois desafios enormes para a Igreja do seu tempo: a existência de povos ainda não evangelizados, nas extremidades setentrionais do continente europeu, e a laceração religiosa que debilitava a vida cristã no Sul da França, onde a ação de alguns grupos heréticos criava confusão e o afastamento da verdade da fé.
A ação missionária a favor daqueles que não conheciam a luz do Evangelho e a obra de reevangelização das comunidades cristãs tornaram-se, assim, as metas apostólicas que Domingos se propôs alcançar. O Papa, a quem o Bispo Diogo e Domingos visitaram para pedir conselho, pediu a este último que se dedicasse à pregação aos Albigenses, um grupo herético que defendia uma concepção dualista da realidade, ou seja, com dois princípios criadores igualmente poderosos, o Bem e o Mal. Por conseguinte, esse grupo desprezava a matéria como proveniente do princípio do mal, rejeitando até o matrimônio, chegando mesmo a negar a Encarnação de Cristo, os Sacramentos em que o Senhor nos “toca” através da matéria e a Ressurreição dos corpos. Os Albigenses apreciavam a vida pobre e austera – nesse sentido, eram exemplares – e criticavam a riqueza do Clero daquela época.
Domingos aceitou com entusiasmo essa missão, que realizou precisamente com o exemplo da sua existência pobre e austera, com a pregação do Evangelho e com debates públicos. A esta missão de pregar a Boa Nova ele dedicou o resto de sua vida. Os seus filhos teriam realizado inclusive os outros sonhos de São Domingos: a missão ad gentes, ou seja, àqueles que ainda não conheciam Jesus, e a missão àqueles que viviam nas cidades, sobretudo nas universitárias, onde as novas tendências intelectuais eram um desafio para a fé dos cultos.
Este grande santo recorda-nos que no coração da Igreja deve sempre arder um fogo missionário, que impele incessantemente a fazer o primeiro anúncio do Evangelho e, onde for necessário, a uma nova evangelização: com efeito, Cristo é o bem mais precioso que os homens e mulheres de todos os tempos e lugares têm o direito de conhecer e de amar! E é consolador ver que até na Igreja de hoje são muitos – pastores e fiéis leigos, membros de antigas ordens religiosas e de novos movimentos eclesiais – que com alegria despendem a sua vida por este ideal supremo: anunciar e testemunhar o Evangelho!
Depois, a Domingos de Gusmão uniram-se outros homens atraídos pela mesma aspiração. Deste modo, progressivamente, da primeira fundação de Toulouse teve origem a Ordem dos Pregadores. Com efeito, Domingos, em plena sintonia com as diretrizes dos Papas do seu tempo, Inocêncio III e Honório III, adotou a antiga Regra de Santo Agostinho, adaptando-a às exigências de vida apostólica que o levaram, bem como aos seus companheiros, a pregar, passando de um lugar para outro, mas depois voltando aos próprios conventos, lugares de estudo, oração e vida comunitária. De modo particular, Domingos quis dar relevo a dois valores considerados indispensáveis para o bom êxito da missão evangelizadora: a vida comunitária na pobreza e o estudo.
Antes de tudo, Domingos e os Padres Pregadores apresentavam-se como mendicantes, isto é, sem vastas propriedades de terrenos para administrar. Esse elemento tornava-os mais disponíveis ao estudo e à pregação itinerante, e constituía um testemunho concreto para as pessoas. O governo interno dos conventos e das províncias dominicanas estruturou-se segundo o sistema de cabidos, que elegiam os seus próprios Superiores, sucessivamente confirmados pelos Superiores maiores; portanto, uma organização que estimulava a vida fraterna e a responsabilidade de todos os membros da comunidade, exigindo fortes convicções pessoais.
A escolha desse sistema nascia precisamente do fato que os Dominicanos, como pregadores da verdade de Deus, tinham que ser coerentes com tudo quanto anunciavam. A verdade estudada e compartilhada na caridade com os irmãos constitui o fundamento mais profundo da alegria. O Beato Jordão da Saxônia diz de São Domingos:

    Ele acolhia cada homem no grande seio da caridade e, dado que amava a todos, todos o amavam. Fez para si uma lei pessoal de se alegrar com as pessoas felizes e de chorar com aqueles que choravam”. (Libellus de principiis Ordinis Praedicatorum autore Iordano de Saxonia, ed. H. C. Scheeben [Monumenta Historica Sancti Patris Nostri Dominici, Romae, 1935])

Em segundo lugar, com um gesto intrépido, Domingos quis que seus seguidores adquirissem uma formação teológica sólida e não hesitou em enviá-los às Universidades dessa época, embora não poucos eclesiásticos vissem com desconfiança tais instituições culturais. As Constituições da Ordem dos Pregadores atribuem muita importância ao estudo como preparação para o apostolado. Domingos queria que os seus Padres se dedicassem a isto sem poupar esforços, com diligência e piedade; um estudo fundado na alma de todo o saber teológico, ou seja, na Sagrada Escritura, e respeitador das interrogações formuladas pela razão.
O desenvolvimento da cultura impõe àqueles que desempenham o ministério da Palavra, em vários níveis, que sejam bem preparados. Portanto, exorto a todos, pastores e leigos, a cultivar essa “dimensão cultural” da fé, a fim de que a beleza da verdade cristã possa ser melhor compreendida e a fé seja verdadeiramente alimentada, fortalecida e também defendida. Neste Ano sacerdotal, convido os seminaristas e os sacerdotes a estimar o valor espiritual do estudo. A qualidade do ministério sacerdotal depende também da generosidade com que [o sacerdote] se aplica ao estudo das verdades reveladas.
Domingos, que quis fundar uma Ordem religiosa de pregadores-teólogos, lembra-nos que a Teologia tem uma dimensão espiritual e pastoral, que enriquece a alma e a vida. Os presbíteros, os consagrados e também todos os fiéis podem encontrar uma profunda “alegria interior” na contemplação da beleza da verdade que vem de Deus, verdade sempre atual e viva. O lema dos Padres Pregadores – contemplata aliis tradere – ajuda-nos a descobrir, além disso, um anseio pastoral no estudo contemplativo de tal verdade, pela exigência de comunicar aos outros o fruto da própria contemplação.
Quando Domingos faleceu, em 1221 em Bolonha, cidade que o declarou padroeiro, a sua obra já tinha alcançado grande sucesso. A Ordem dos Pregadores, com o apoio da Santa Sé, difundiu-se em muitos países da Europa, em benefício da Igreja inteira. Domingos foi canonizado em 1234, e é ele mesmo que, com a sua santidade, nos indica dois meios indispensáveis a fim de que ação apostólica seja incisiva.
Em primeiro lugar, a devoção mariana, que ele cultivou com ternura e deixou como herança preciosa aos seus filhos espirituais, que na história da Igreja tiveram o grande mérito de difundir a recitação do santo Rosário, tão querida ao povo cristão e tão rica de valores evangélicos, uma autêntica escola de fé e de piedade.
Em segundo lugar, Domingos, que assumiu o cuidado de alguns mosteiros femininos na França e em Roma, acreditou até ao fundo no valor da oração de intercessão pelo bom êxito do afã apostólico. Só no Paraíso compreenderemos quão eficazmente a oração das irmãs claustrais acompanham a obra apostólica! A cada uma delas dirijo o meu pensamento grato e carinhoso.
Estimados irmãos e irmãs, a vida de Domingos de Gusmão estimule todos nós a sermos fervorosos na oração, corajosos na vivência da fé e profundamente apaixonados por Jesus Cristo! Por sua intercessão, peçamos a Deus que enriqueça sempre a Igreja com autênticos pregadores do Evangelho.

Vaticano, quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010.