Quando a luz da Lua cheia
No alvo lençol de areia
Entre o lírico fervor
A espuma, lá descente
Sob as ondas brandamente
O mar desmaia de langor!
Não sei que mistério existe
Quando vejo o mar tão triste
Julgo ouvir a minha dor
A espuma transitória
Repetindo toda a história
Do meu infeliz amor
Choro este amor acrisolado
e o pranto derramado é a
Expressão do meu sofrer
E essa ingrata não acalma
A agonia de minh'alma
Que não para de gemer
Tristes olhos rasos d'água
É tão grande a minha mágoa
Que não podes compreender!
Maro lívida esmeralda
Esta paixão que me escalda
Talvez possas entender
Vai dizer à minha amada
Que minh'alma apaixonada
Está cansada de sofrer
Ah se tuas ondas quérolas
Se transforma-se em pérolas
Com cintilações sem par
De joelho, delirante
Eu as daria à minha amante
Que tanto me faz penar