Thursday, 25 April 2024

Thursday's Serial: "Os Exercícios Espirituais" by Saint Ignatius of Loyola (translated into Portuguese) - VI

TERCEIRA PARTE - ELEMENTOS COMPLEMENTARES

 

MISTÉRIOS DA VIDA DE CRISTO

261 Mistérios da vida de Cristo Nosso Senhor

Nota. É de advertir, em todos os mistérios seguintes, que todas as palavras que estão inclusas em parêntesis, são do próprio Evangelho, e não as que estão fora; e, em cada mistério, a maior parte das vezes, se acharão três pontos, para neles se meditar e contemplar com maior facilidade.

ANUNCIAÇÃO A NOSSA SENHORA

262 Escreve São Lucas no capítulo primeiro, 26-38 [Lc 1,28.31/ 36/ 38].

Primeiro. o anjo S. Gabriel, saudando a nossa Senhora, lhe anunciou a concepção de Cristo nosso Senhor. "Entrando o anjo onde estava Maria, saudou-a dizendo-lhe: Ave, cheia de graça; conceberás em teu ventre e darás à luz um filho".

Segundo. confirma o anjo o que disse a Nossa Senhora, dando como sinal a concepção de S. João Batista, dizendo-lhe: "E olha que Isabel, tua parente, concebeu um filho em sua velhice".

Terceiro. Respondeu ao anjo nossa Senhora: "Eis aqui a serva do Senhor, cumpra-se tudo em mim segundo a tua palavra".

 

VISITAÇÃO DE NOSSA SENHORA A ISABEL

263 Diz São Lucas no capítulo primeiro, 39-56 [Lc 1,41-42/ 46-55/ 56]

Primeiro. Quando Nossa Senhora visitou Isabel, S. João Batista, estando no ventre de sua mãe, sentiu a visita que fez Nossa Senhora, "Ao ouvir Isabel a saudação de Nossa Senhora alegrou-se o menino no seu seio; e, cheia do Espírito Santo, Isabel exclamou com um grande brado e disse : Bendita sejas tu entre as mulheres, e bendito seja o fruto do teu ventre".

Segundo. Nossa Senhora canta o cântico, dizendo: "A minha alma engrandece o Senhor". Terceiro. "Maria ficou com Isabel quase três meses e, depois, regressou a sua casa".

 

NASCIMENTO DE CRISTO NOSSO SENHOR

264 Diz São Lucas no capítulo segundo, 1-14 [Lc 2,4-5/ 7/ 13-14].

Primeiro. Nossa Senhora e seu esposo José vão de Nazaré a Belém: "Subiu José, de Galiléia a Belém, para reconhecer sujeição a César, com Maria, sua esposa e mulher já grávida".

Segundo. "Deu à luz seu Filho primogênito e envolveu-o com panos e pô-lo no presépio". Terceiro. "Apareceu uma multidão do exército celestial que dizia: Glória a Deus nas alturas".

 

OS PASTORES

265 Escreve São Lucas no capítulo segundo, 15-20 [Lc 2, 10-11/ 16/ 20].

Primeiro. O nascimento de Cristo nosso Senhor manifesta-se aos pastores pelo anjo: "Anuncio-vos uma grande alegria, porque hoje nasceu o Salvador do mundo".

Segundo. Os pastores vão a Belém: "Vieram com pressa e acharam Maria, José e o Menino posto no presépio".

Terceiro. "Regressaram os pastores, glorificando e louvando ao Senhor".

 

A CIRCUNCISÃO

266 Escreve São Lucas no capítulo segundo, 21 [Lc 2, 21].

Primeiro. Circuncidaram o Menino Jesus.

Segundo. "Foi-lhe posto o nome de Jesus, como lhe tinha chamado o Anjo, antes que fosse concebido no ventre materno".

Terceiro. Restituem o Menino a sua Mãe que sentia compaixão pelo sangue que de seu filho saía.

 

OS TRÊS REIS MAGOS

267 Escreve São Mateus no capítulo segundo, 1-12 [Mt 2,2b/ 11bc/ 12].

Primeiro. Os três reis magos, guiando-se pela estrela, vieram adorar a Jesus, dizendo: "Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo".

Segundo. Adoraram-no e ofereceram-lhe presentes: "Prostrando-se por terra, adoraram-no e ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra".

Terceiro. "Enquanto dormiam, receberam aviso que não voltassem a Herodes; e, por outro caminho, regressaram à sua região".

 

PURIFICAÇÃO DE NOSSA SENHORA  E APRESENTAÇÃO DO MENINO JESUS

268 Escreve São Lucas no capítulo segundo, 21-40 [Lc 2,22-24/ 27-29/ 38].

Primeiro. Trazem o Menino Jesus ao templo, para ser apresentado ao Senhor como primogênito, e oferecem por ele "um par de rolas ou dois pombinhos".

Segundo. Simeão, vindo ao Templo, "tomou-o em seus braços", dizendo: "Agora, Senhor, deixa partir o teu servo em paz".

Terceiro. Ana, "vindo depois, aclamava o Senhor e falava dele a todos os que esperavam a redenção de Israel".

 

A FUGA PARA O EGITO

269 Escreve São Mateus no capítulo segundo, 13-18 [Mt 2,16.13/ 14/ 15].

Primeiro. Herodes queria matar ao Menino Jesus, e assim matou os inocentes; e antes da morte deles, avisou o anjo a José que fugisse para o Egito: "Levanta-te e toma o Menino e a sua Mãe, e foge para o Egito".

Segundo. Partiu para o Egito: "e, ele, levantando-se, de noite, partiu para o Egito".

Terceiro. Esteve lá até à morte de Herodes.

 

COMO CRISTO NOSSO SENHOR VOLTOU DO EGITO

270 Escreve São Mateus no capítulo segundo, 19-23 [Mt 2,19b-20/ 21/ 22-23].

Primeiro. O anjo avisa José para que volte a Israel: "Levanta-te e toma o Menino e sua Mãe e vai para a terra de Israel".

Segundo. Levantando-se, veio para a terra de Israel. Terceiro. Porque Arquelau, filho de Herodes, reinava na Judéia, retirou-se para Nazaré.

 

A VIDA DE CRISTO NOSSO SENHOR DESDE OS DOZE ANOS ATÉ AOS TRINTA

271 Escreve São Lucas no capítulo segundo, 50-52 [Lc 2,51-52/ Mc 6, 2b-3].

Primeiro. Era obediente a seus pais. "Progredia em sabedoria, idade e graça".

Segundo. Parece que exercia a arte de carpinteiro, como parece indicar S. Marcos no capítulo sexto: "Porventura não é este o carpinteiro?".

 

A VINDA DE CRISTO AO TEMPLO QUANDO TINHA 12 ANOS

272 Escreve São Lucas no capítulo segundo, 41-50 [Lc 2,42/ 43b/ 46,48,49b].

Primeiro. Cristo nosso Senhor, de doze anos de idade, subiu de Nazaré a Jerusalém.

Segundo. Cristo nosso Senhor ficou em Jerusalém e não o souberam seus pais.

Terceiro. Passados três dias, acharam-no, disputando no templo, e sentado no meio dos doutores; e, perguntando-lhe seus pais onde tinha estado, respondeu: "Não sabeis que me convém estar nas coisas que são de meu Pai?".

 

COMO CRISTO FOI BAPTIZADO

273 Escreve São Mateus no capítulo terceiro, 13-17 [Mc 1,9-Mt 3,13/ Mc 1,9b-Mt 3,1415/ Mt 3,16-17-Mc 1,10-11].

Primeiro. Cristo, nosso Senhor, depois de haver-se despedido de sua bendita Mãe, veio desde Nazaré ao rio Jordão, onde estava S. João Batista.

Segundo. S. João batizou a Cristo nosso Senhor, e querendo-se escusar, reputando-se indigno de o batizar, disse-lhe Cristo: "Faz isto, por agora, porque assim é necessário que cumpramos toda a justiça".

Terceiro. "Veio o Espírito Santo e a voz do Pai desde o céu, afirmando: "Este é meu Filho amado, do qual estou muito satisfeito".

 

COMO CRISTO FOI TENTADO

274 Escreve São Lucas no capítulo quarto,1-13 e Mateus no capítulo quarto, 1-11 [Lc 4,12b-Mt 4,1-2/ Lc 4,3-Mt 4,6.9/ Mt 4,11b].

Primeiro. Depois de ter sido batizado, foi ao deserto, onde jejuou, quarenta dias e quarenta noites.

Segundo. Foi tentado pelo inimigo, três vezes: "Chegando-se a ele o tentador disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pão; deita-te daqui abaixo; tudo isto que vês te darei se, prostrado em terra, me adorares".

Terceiro. "Vieram os anjos e serviram-no".

 

O CHAMAMENTO DOS APÓSTOLOS

275 Vita Christi/ Jo 1,43– Mt 9,9/ Vita Christi.

Primeiro. Três vezes parece que foram chamados S. Pedro e S. André.

A primeira a um certo conhecimento de Jesus. O que consta por S. João no capítulo primeiro [Io 1, 35-42].

A segunda a seguirem de alguma forma a Cristo, com intenção de voltarem a possuir o que tinham deixado, como diz S. Lucas no capítulo quinto [Lc 5, 1-11; 27-32].

A terceira, a seguirem para sempre a Cristo nosso Senhor: S. Mateus no capítulo quarto [Mt 4, 18-20] e S. Marcos no primeiro [1, 16-20].

Segundo. Chamou a Filipe, como está no primeiro capítulo de S. João [Jo 1, 43-44] e a Mateus, como o próprio diz no capítulo nono [Mt 9, 9].

Terceiro. Chamou aos outros apóstolos, de cuja vocação especial não faz menção o evangelho.

E também três outras coisas se hão de considerar: A primeira, como os apóstolos eram de rude e baixa condição; a segunda, a dignidade à qual foram tão suavemente chamados; a terceira, os dons e graças pelos quais foram elevados acima de todos os Padres do Novo e Antigo Testamento.

 

O PRIMEIRO MILAGRE DE JESUS REALIZADO NAS BODAS DE CANÁ DA GALILEIA

276 Escreve São João no capítulo segundo, 1-12 [Jo 2,2/ 3.5/ 7-8.11].

Primeiro. Foram convidados Cristo nosso Senhor com seus discípulos para as bodas.

Segundo. A Mãe declara ao Filho a falta de vinho, dizendo: "não têm vinho"; e mandou aos serventes: "Fazei tudo o que ele vos disser".

Terceiro. "Converteu a água em vinho, e manifestou a sua glória, e creram nele seus discípulos".

 

COMO CRISTO LANÇOU  FORA DO TEMPLO OS QUE VENDIAM

277 Escreve São João no capítulo segundo, 13-25 [Jo 2,15/ 15b/ 16].

Primeiro. Lançou fora do templo todos os que vendiam, com um açoite feito de cordas.

Segundo. Derrubou as mesas e dinheiros dos banqueiros ricos que estavam no templo.

Terceiro. Aos pobres que vendiam pombas, mansamente disse: "Tirai estas coisas daqui e não queirais fazer da minha casa, casa de comércio".

 

O SERMÃO QUE FEZ CRISTO NO MONTE

278 Escreve São Mateus no capítulo quinto, 1-48 [Mt 5,3-6.8-10/ Mt 5,16/ Mt 5,17.21.27.33.34-lc 6,27]

Primeiro. A seus amados discípulos fala, à parte, das oito bem-aventuranças: "Bem-aventurados os pobres em espírito, os mansos, os misericordiosos, os que choram, os que passam fome e sede pela justiça, os limpos de coração, os pacíficos e os que padecem perseguições".

Segundo. Exorta-os a que usem bem de seus talentos: "Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus".

Terceiro. Mostra-se não transgressor da lei, mas cumpridor, declarando o preceito de não matar, não fornicar, não perjurar e de amar os inimigos: "Eu vos digo que ameis a vossos inimigos e façais bem aos que vos odeiam".

 

COMO CRISTO NOSSO SENHOR  FEZ ACALMAR A TEMPESTADE DO MAR

279 Escreve São Mateus no capítulo oitavo, 23-27 [Mt 8,24/ 25-26/ 26b-27].

Primeiro. Estando Cristo nosso Senhor dormindo no mar, levantou-se uma grande tempestade.

Segundo. Atemorizados, despertaram-no os seus discípulos, aos quais repreende, pela pouca fé que tinham, dizendo-lhes: "Porque temeis, homens de pouca fé"?

Terceiro. Mandou aos ventos e ao mar que acalmassem e, assim, acalmando, se fez o mar tranqüilo, do que se maravilharam os homens, dizendo: "Quem é este a quem o vento e o mar obedecem"?

 

COMO CRISTO  ANDAVA SOBRE O MAR

280 Escreve São Mateus no capítulo 14, 24-33 [Mt 14, 22-23/ 24-26/ 27-32].

Primeiro. Estando Cristo nosso Senhor no monte, mandou que seus discípulos fossem para a barca e, despedida a turba, começou a fazer a oração sozinho.

Segundo. A barca era batida pelas ondas; Jesus dirigiu-se para ela, andando sobre a água, e os discípulos pensavam que fosse um fantasma.

Terceiro. Dizendo-lhes Cristo: "Sou eu, não temais", S. Pedro, por sua ordem, foi ter com ele, andando sobre as águas; e, duvidando, começou a afundar-se; mas Cristo nosso Senhor salvou-o e repreendeu-o pela sua pouca fé e, depois, entrando na barca, cessou o vento.

 

COMO OS APÓSTOLOS  FORAM ENVIADOS A PREGAR

281 Escreve São Mateus no capítulo décimo, 1-15 [Mt 10,1/ 16/ 8c-9.7].

Primeiro. Chama Cristo a seus amados discípulos e dá-lhes poder de expulsar os demônios dos corpos humanos e curar todas as enfermidades.

Segundo. Ensina-lhes a prudência e a paciência: "Olhai que vos envio como ovelhas para o meio de lobos; portanto, sede prudente como serpentes e simples como pombas".

Terceiro. Ensina-lhes o modo como hão de ir: "Não queirais possuir ouro nem prata; o que recebestes gratuitamente, dai-o gratuitamente". E deu-lhes a matéria da pregação: "Quando fordes, pregareis, dizendo: Já está próximo o reino dos céus".

 

A CONVERSÃO DA MADALENA

282 Escreve São Lucas no capítulo sétimo, 36-50 [Lc 7,37/ 38/ 39ss.47.50].

Primeiro. Entra a Madalena, trazendo um vaso de alabastro cheio de ungüento, em casa do fariseu onde está Cristo nosso Senhor, sentado à mesa.

Segundo. Estando detrás do Senhor, mesmo a seus pés, com lágrimas os começou a banhar e, com os cabelos de sua cabeça, os enxugava, e os beijava, e com perfume os ungia.

Terceiro. Como o fariseu acusasse Madalena, fala Cristo em sua defesa, dizendo: "Muitos pecados lhe são perdoados, porque amou muito". E disse à mulher: "a tua fé te salvou, vaite em paz".

 

COMO CRISTO NOSSO SENHOR  DEU DE COMER A CINCO MIL HOMENS

283 Escreve São Mateus no capítulo 14, 13-23 [Mt 14,15/ 18-19/ 20].

Primeiro. Os discípulos, como já se fizesse tarde, rogam a Cristo que despeça a multidão de homens que com ele estavam.

Segundo. Cristo, nosso Senhor, mandou que lhe trouxessem pães, e ordenou que se sentassem à mesa, e abençoou e partiu e deu a seus discípulos os pães, e os discípulos à multidão.

Terceiro. "Comeram e fartaram-se e sobraram doze cestos".

 

A TRANSFIGURAÇÃO DE CRISTO

284 Escreve São Mateus no capítulo 17, 1-13 [Mt 17,1-2/ 3/ 4-9].

Primeiro. Tomando em sua companhia Cristo nosso Senhor a seus amados discípulos Pedro, Tiago e João, transfigurou-se, e a sua face resplandecia como o sol, e os seus vestidos como a neve.

Segundo. Falava com Moisés e Elias.

Terceiro. Dizendo S. Pedro que fizessem três tendas, soou uma voz do céu que dizia: "Este é o meu filho muito amado, ouvi-o". Ao ouvirem esta voz, os discípulos, com medo, caíram, com as faces em terra, e Cristo nosso Senhor tocou-os e disse-lhes: "Levantai-vos e não temais; a ninguém digais esta visão, até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos".

 

A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO

285 João, capítulo 11,1-44 [Jo 11,3-4/ 25/ 35.41-42.43].

Primeiro. Marta e Maria fazem saber, a Cristo nosso Senhor, a enfermidade de Lázaro. Depois de o ter sabido, deteve-se Jesus ainda dois dias, para que o milagre fosse mais evidente.

Segundo. Antes de o ressuscitar, pede a uma e a outra que creiam, dizendo: "Eu sou a ressurreição e a vida. O que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá".

Terceiro. Ressuscita-o, depois de ter chorado e feito oração; e a maneira de o ressuscitar foi ordenando: "Lázaro, vem para fora".

 

A CEIA EM BETÂNIA

286 Mateus, capítulo 26 [Mt 26,6-Jo 12,1/ Mt 26,7/ Jo 12,4-Mt 26,8.10].

Primeiro. O Senhor ceia em casa de Simão, o leproso, juntamente com Lázaro.

Segundo. Maria derrama o perfume sobre a cabeça de Cristo.

Terceiro. Judas murmura, dizendo: "Para quê este desperdício de perfume"? Mas Jesus defende, outra vez, Madalena, dizendo: "Porque molestais esta mulher por ela Ter feito uma boa obra para comigo"?

 

DOMINGO DE RAMOS

287 Mateus, capítulo 21,1-11 [Mt 21,2-3 / 7 / 8-9].

Primeiro. O Senhor manda buscar a jumenta e o jumento, dizendo: "Desatai-os e trazei-me; e, se alguém vos disser alguma coisa, respondei que o Senhor precisa deles, e logo os deixará".

Segundo. Montou sobre a jumenta, coberta com os vestidos dos apóstolos.

Terceiro. Saem a recebê-lo, estendendo sobre o caminho os seus vestidos e ramos de árvores, dizendo: "Salva-nos, Filho de David! Bendito o que vem em nome do Senhor. Salva-nos no mais alto dos Céus"!

 

A PREGAÇÃO NO TEMPLO

288 Lucas, capítulo 19 [Vita Christi, Liturgia, Mc 11,11b-19; Mt 21,17; Lc 19,47; 21,37].

Primeiro. Estava, cada dia, ensinando no templo.

Segundo. Acabada a pregação, porque não havia quem o recebesse em Jerusalém, voltava a Betânia.

 

A CEIA

289 Mateus 26, João 13,1-17 [Mt 26,21; Mc 14,18/ Jo 13,1-15/ Jo 13,1b; Mt 26,26-28; Jo 13,27].

Primeiro. Comeu o cordeiro pascal com os seus doze apóstolos, aos quais predisse a sua morte: "Em verdade vos digo que um de vós me há de vender".

Segundo. Lavou os pés aos discípulos, até os de Judas, começando por S. Pedro. Este considerando a majestade do Senhor e a sua própria baixeza, não querendo consentir, dizia: "Senhor, tu lavas-me a mim os pés?"; mas S. Pedro não sabia que naquilo dava Jesus exemplo de humildade, e por isso disse: "Eu dei-vos o exemplo, para que façais como eu fiz".

Terceiro. Instituiu o sacratíssimo Sacrifício da Eucaristia, como grandíssimo sinal do seu amor, dizendo: "Tomai e comei". Acabada a ceia, Judas sai para vender a Cristo nosso Senhor.

 

MISTÉRIOS PASSADOS DESDE A CEIA  ATÉ AO HORTO INCLUSIVE

290 Mateus, capítulo 26 e Marcos, capítulo 14 [Mt 26,30.36; Mc 14, 26.32 / Mt 26,37.39b; Lc 22,44 / Mt 26,38; Mc 14,34; Lc 22,44].

Primeiro. O Senhor, acabada a ceia e cantando o hino, foi para o monte das Oliveiras com os seus discípulos, cheios de medo e, deixando os oito em Getsemani, disse: "Sentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar".

Segundo. Acompanhado de S. Pedro, S. Tiago e S. João, orou três vezes, ao Senhor, dizendo: "Pai, se pode fazer, passe de mim este cálice; contudo não se faça a minha vontade, mas a tua". E, estando em agonia, orava mais longamente.

Terceiro. Chegou a tanto temor que dizia: "Triste está a minha alma até à morte". E suou sangue tão copiosamente que diz S. Lucas: "Seu suor era como gotas de sangue que corriam em terra", o que já supõe seus vestidos estarem cheios de sangue.

 

MISTÉRIOS PASSADOS DESDE O HORTO  ATÉ A CASA DE ANÁS, INCLUSIVE

291 Mateus, 26; Lucas 22; Marcos,15 [Mt 26,49.55; Mc 14,45.48-49; Jo 18,4-6 / Jo 18,10-11; Mt 26,52; Lc 22,51 / Mt 26,56; Mc 14,50; Jo 18,13.17.22].

Primeiro. O Senhor deixa-se beijar por Judas, e prender como um ladrão. Aos que o prendiam, disse: "Saístes para prender-me como a um ladrão, com paus e armas, quando, cada dia, eu estava convosco no templo, ensinando, e não prendestes". E, dizendo: "A quem buscais?", caíram em terra os inimigos.

Segundo. S. Pedro feriu um servo do Pontífice; mas o manso Senhor disse-lhe: "Mete a tua espada no seu lugar"; e sarou a ferida do servo.

Terceiro. Desamparado dos seus discípulos, foi levado a Anás, onde S. Pedro, que o tinha seguido de longe, o negou uma vez, e a Cristo deram uma bofetada, dizendo-lhe: "É assim que respondes ao Pontífice?".

 

MISTÉRIOS PASSADOS DESDE A CASA DE ANÁS ATÉ À CASA DE CAIFÁS, INCLUSIVE

292  [Jo 18,24.26-27; Lc 22,61-62 / – / Lc 22,63-64; Mt 26,67,68; Mc 14,65; Lc 22,64-65].

Primeiro. Levam-no atado desde a casa de Anás à casa de Caifás, onde S. Pedro o negou duas vezes e, olhado pelo Senhor, saiu para fora e chorou amargamente.

Segundo. Esteve Jesus, toda aquela noite, atado.

Terceiro. Além disso, os que o tinham prendido burlavam dele, e batiam-lhe, e cobriam-lhe a cara, e davam-lhe bofetadas, e perguntavam-lhe: "Profetiza-nos quem é o que te bateu". E blasfemavam contra ele, dizendo coisas semelhantes.

 

MISTÉRIOS PASSADOS DESDE A CASA DE CAIFÁS À DE PILATOS, INCLUSIVE

293 Mateus, 26; Lucas, 23; Marcos, 15 [Lc 23,1; Mt 27,2; Lc 23,2 / Jo 18,38b; Lc 23,4 / Jo 18,40].

Primeiro. Toda a multidão dos Judeus o leva a Pilatos e diante dele o acusa, dizendo: "Encontramos a este que deitava a perder o nosso povo e proibia pagar tributo a César".

Segundo. Depois de Pilatos o ter, uma e outra vez, examinado, Pilatos disse: "Eu não acho culpa nenhuma".

Terceiro. Foi-lhe preferido Barrabás, um ladrão: "Gritaram todos dizendo: Não soltes a este, mas a Barrabás".

 

MISTÉRIOS PASSADOS DESDE A CASA DE PILATOS ATÉ A DE HERODES

294  [Lc 23,7 / 8-10 / 11].

Primeiro. Pilatos enviou Jesus, Galileu, a Herodes, tetrarca da Galiléia.

Segundo. Herodes, curioso, interrogou-o longamente; e ele nenhuma coisa lhe respondia, ainda que os escribas e os sacerdotes o acusavam constantemente.

Terceiro. Herodes, com a sua guarda, desprezou-o, vestindo-o com uma veste branca.

 

MISTÉRIOS PASSADOS DESDE A CASA DE HERODES A PILATOS

295 Mateus, 26; Lucas, 23; Marcos, 15; João, 19 [Lc 23,11b-12 / Jo 19,1-3 / Jo 19,5-6a].

Primeiro. Herodes torna-o a enviar a Pilatos, pelo que se fizeram amigos, pois antes eram inimigos.

Segundo. Tomou Pilatos a Jesus e açoitou-o; e os soldados fizeram uma coroa de espinhos e puseram-na sobre a cabeça e vestiram-no de púrpura e aproximavam-se dele e diziam: "Deus te salve, rei dos Judeus"; e davam-lhe bofetadas.

Terceiro. Trouxe-o para fora à presença de todos: "Saiu pois Jesus fora, coroado de espinhos e vestido de púrpura. E disse-lhes Pilatos: "Eis aqui o homem". E, logo que o viram, os Pontífices davam gritos, dizendo: "Crucifica-o, crucifica-o".

 

MISTÉRIOS PASSADOS DESDE A CASA DE PILATOS ATÉ A CRUZ, INCLUSIVE

296 João 19 [Jo 19,13-16 / Mt 27,32; Mc 15,21; Lc 22,26 / Lc 23,33b; Jo 19,18.19].

Primeiro. Pilatos, sentado como juiz, entregou-lhes Jesus, para que o crucificassem, depois de os Judeus o haverem negado por seu rei, dizendo "Não temos outro rei senão César".

Segundo. Levava a cruz às costas, e não a podendo levar, foi constrangido Simão Cireneu para que a levasse atrás de Jesus.

Terceiro. Crucificaram-no no meio de dois ladrões e puseram esta inscrição: "Jesus Nazareno, rei dos Judeus".

 

MISTÉRIOS PASSADOS NA CRUZ

297 João, 19, 23-27 [Lc 23,34.43; Jo 19,26-27.28; Mc 15,34; Mt 27,46; Jo 19,30; Lc 23,46; Mt 27,51-52; Mc 15,38; Lc 23,45 / Mt 27,51-52 / Mt 27,3940-Mc 15,33-36; Jo 19,23-24-Mt 27,35; Jo 19,34].

Primeiro. Disse sete palavras na cruz: Rogou pelos que o crucificavam; perdoou ao ladrão; encomendou a S. João a sua Mãe, e à Mãe a S. João; disse com voz alta: "Tenho sede", e deram-lhe fel e vinagre; disse que estava desamparado; disse: "Tudo está consumado"; disse: "Pai em tuas encomendo o meu espírito".

Segundo. O sol ficou escurecido, as pedras quebradas, as sepulturas abertas, o véu do templo rasgado em duas partes de cima abaixo.

Terceiro. Blasfemavam contra ele, dizendo: "Tu que destróis o templo de Deus, baixa da cruz"; foram divididos os seus vestidos; ferido com a lança o seu lado, manou água e sangue.

 

MISTÉRIOS PASSADOS DESDE A CRUZ ATÉ O SEPULCRO, INCLUSIVE

298 No mesmo capítulo [Jo 19,38-39 / Jo 19,40-42 / Mt 27,65-66].

Primeiro. Foi tirado da cruz por José e Nicodemos, em presença de sua Mãe dolorosa.

Segundo. Foi levado o corpo ao sepulcro e ungido e sepultado.

Terceiro. Foram postos guardas.

 

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO NOSSO SENHOR

299 Sua primeira aparição [Vita Christi].

Primeiro. Apareceu à Virgem Maria; o que, ainda que se não diga na Escritura, se tem como dito, ao dizer que apareceu a tantos outros; porque a Escritura supõe que temos entendimento, como está escrito: "Também vós estais sem entendimento?".

 

SEGUNDA APARIÇÃO.

300 Marcos, capítulo 16, 1-11 [Vita Christi ; Mc 16,1-3 / Mc 16,4.6b / Mc 16,9-Jo 20,1118].

Primeiro. Vão, muito de manhã, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e Salomé ao sepulcro, dizendo: "Quem nos levantará a pedra da porta do sepulcro?"

Segundo. Vêem a pedra levantada e o anjo que diz: "Buscais Jesus de Nazaré; já ressuscitou, não está aqui".

Terceiro. Apareceu a Maria que ficou perto do sepulcro, depois de idas as outras.

 

TERCEIRA APARIÇÃO

301 São Mateus, último capítulo [Vita Christi; Mt 28,8 / Mt 28,9 / Mt 28,10].

Primeiro. Saem as Marias do sepulcro, com temor e grande gozo, querendo anunciar aos discípulos a ressurreição do Senhor.

Segundo. Cristo nosso Senhor apareceu-lhes, no caminho, dizendo-lhes: "Deus vos salve"; e elas aproximaram-se, prostraram-se a seus pés e adoraram-no.

Terceiro. Jesus disse-lhes: "Não temais, ide e dizei a meus irmãos que vão para a Galiléia, porque ali me verão".

 

QUARTA APARIÇÃO

302 Lucas, último capítulo [Vita Christi; Lc 24,9-12.34; Jo 20,1-10].

Primeiro. Tendo ouvido das mulheres que Cristo estava ressuscitado, foi S. Pedro depressa ao sepulcro.

Segundo. Entrando no sepulcro, viu só os panos com que fora coberto o corpo de Cristo nosso Senhor, e mais nada.

Terceiro. Pensando S. Pedro nestas coisas, apareceu-lhe Cristo e por isso os apóstolos diziam: "Verdadeiramente o Senhor ressuscitou, e apareceu a Simão".

 

QUINTA APARIÇÃO

303 No último capítulo de São Lucas [Vita Christi; Lc 24,13-24 / 25-26 / 29-33.35].

Primeiro. Aparece aos discípulos que iam para Emaús, falando de Cristo.

Segundo. Repreende-os, mostrando pelas Escrituras que Cristo tinha de morrer e ressuscitar: "Ó ignorantes e tardos de coração para crer tudo o que disseram os profetas! Não era necessário que Cristo padecesse e assim entrasse na sua glória"?

Terceiro. A pedido deles, detém-se ali, e esteve com eles, até que, ao dar-lhes a comunhão, desapareceu. E eles, regressando, disseram aos discípulos como o tinham conhecido na comunhão.

 

SEXTA APARIÇÃO

304 João, capítulo 20 [Vita Christi; cf. Lc 24,33ss / Jo 20,19 / 22-23].

Primeiro. Os discípulos estavam reunidos "por medo dos Judeus", exceto Tomé.

Segundo. Apareceu-lhes Jesus, estando as portas fechadas; e, estando no meio deles, disse: "A paz esteja convosco".

Terceiro. Dá-lhes o Espírito Santo, dizendo-lhes: "Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados".

 

SÉTIMA APARIÇÃO

305 João, 20,24-29 [Vita Christi; Jo 20,24-25 / 26-27 / 28-29].

Primeiro. São Tomé, incrédulo, porque estava ausente na aparição precedente, disse: "Se não o vir não acreditarei".

Segundo. Aparece-lhes Jesus, daí a oito dias, estando as portas fechadas, e diz a S. Tomé: "Mete aqui o teu dedo e vê a verdade, e não queiras ser incrédulo, mas fiel".

Terceiro. S. Tomé acreditou, dizendo: "Meu Senhor e meu Deus". Disse-lhe Cristo: "Bem-aventurados os que não viram e creram".

 

OITAVA APARIÇÃO

306 João, último capítulo [Vita Christi; Jo 21,1-6 / 7 / 9-10.12-13.15-17].

Primeiro. Jesus aparece a sete dos seus discípulos que estavam pescando, os quais, por toda a noite, não tinham apanhado nada, e lançando a rede, por ordem de Jesus, "não podiam tirá-la, pela grande quantidade de peixes".

Segundo. Por este milagre, S. João reconheceu Jesus, e disse a S. Pedro: "É o Senhor". Pedro deitou-se ao mar, e veio ter com Cristo.

Terceiro. Deu-lhes a comer parte de um peixe assado, e um favo de mel; e encomendou as ovelhas a S. Pedro, examinando-o, primeiro, três vezes, sobre a caridade, e disse-lhe: "apascenta as minhas ovelhas".

 

NONA APARIÇÃO

307 Mateus, último capítulo [Vita Christi; Mt 28,16 / 17.18 / 19].

Primeiro. Os discípulos, por ordem do Senhor, vão ao monte Tabor.

Segundo. Cristo aparece-lhes e diz: "Foi-me dado todo o poder no céu e na terra".

Terceiro. Enviou-os por todo o mundo a pregar, dizendo: "Ide e ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo".

 

DÉCIMA APARIÇÃO

308 Primeira epístola aos Coríntios, capítulo 15,6 [1Cor 15,6a].

"Depois foi visto por mais de quinhentos irmãos juntos".

 

DÉCIMA PRIMEIRA APARIÇÃO

309 Primeira epístola aos Coríntios, capítulo 15,7 [1Cor 15,7a]

"Apareceu depois a São Tiago".

 

DÉCIMA SEGUNDA APARIÇÃO

310 [Vita Christi] Apareceu a José de Arimateia, como piamente se medita e se lê na vida dos Santos.

 

DÉCIMA TERCEIRA APARIÇÃO

311 Primeira epístola aos Coríntios, capítulo 15,8 [1Cor 15,8/ Credo / 1Cor 15,7].

Apareceu a S. Paulo, depois da Ascensão: "Finalmente apareceu-me a mim como a um aborto". Apareceu também em alma aos Santos Padres do Limbo; e, depois de os ter de lá tirado, e tornado a tomar o seu corpo, apareceu, muitas vezes, aos discípulos e conversava com eles.

 

ASCENSÃO DE CRISTO NOSSO SENHOR

312 Atos, 1,1-12 [Vita Christi; At 1,3-4-Lc 24,49 / Lc 24,50-Act 1,9 / At 1,10,11].

Primeiro. Depois de ter aparecido aos seus Apóstolos, durante quarenta dias, dando-lhes muitas provas e sinais e falando-lhes do Reino de Deus, mandou-lhes que em Jerusalém esperassem o Espírito Santo prometido.

Segundo. Levou-os ao monte das Oliveiras e, em presença deles, elevou-se, e uma nuvem fê-lo desaparecer aos seus olhos.

Terceiro. Estando eles a olhar para o céu, dizem-lhes os anjos: "Homens da Galiléia, porque estais a olhar para o céu? Este Jesus que, de vossos olhos é levado para o céu, virá do mesmo modo que o vistes ir ao céu".

Wednesday, 24 April 2024

Good Reading: "Sie pur, fuor di mie propie, c’ogni altr’arme" by Michelangelo Buonarroti (in Italian)

   La vita del mie amor non è ’l cor mio,
c’amor di quel ch’i’ t’amo è senza core;
dov’è cosa mortal, piena d’errore,
esser non può già ma’, nè pensier rio.
  Amor nel dipartir l’alma da Dio
me fe’ san occhio e te luc’ e splendore;
nè può non rivederlo in quel che more
di te, per nostro mal, mie gran desio.
  Come dal foco el caldo, esser diviso
non può dal bell’etterno ogni mie stima,
ch’exalta, ond’ella vien, chi più ’l somiglia.
  Poi che negli occhi ha’ tutto ’l paradiso,
per ritornar là dov’i’ t’ama’ prima,
ricorro ardendo sott’alle tuo ciglia.

Tuesday, 23 April 2024

Tuesday's Serial: “Lavengro” by George Borrow (in English) - XI

Chapter 21

the eldest son—saying of wild finland—the critical time—vaunting polls—one thing wanted—a father's blessing—miracle of art—the pope's house—the young enthusiast—pictures of england—persist and wrestle—of the little dark man

 

The eldest son! The regard and affection which my father entertained for his first-born were natural enough, and appeared to none more so than myself, who cherished the same feelings towards him. What he was as a boy the reader already knows, for the reader has seen him as a boy; fain would I describe him at the time of which I am now speaking, when he had attained the verge of manhood, but the pen fails me, and I attempt not the task; and yet it ought to be an easy one, for how frequently does his form visit my mind's eye in slumber and in wakefulness, in the light of day and in the night watches; but last night I saw him in his beauty and his strength; he was about to speak, and my ear was on the stretch, when at once I awoke, and there was I alone, and the night storm was howling amidst the branches of the pines which surround my lonely dwelling: 'Listen to the moaning of the pine, at whose root thy hut is fastened,'—a saying that, of wild Finland, in which there is wisdom; I listened and thought of life and death. . . . Of all human beings that I have ever known, that elder brother was the most frank and generous, ay, and the quickest and readiest, and the best adapted to do a great thing needful at the critical time, when the delay of a moment would be fatal. I have known him dash from a steep bank into a stream in his full dress, and pull out a man who was drowning; yet there were twenty others bathing in the water, who might have saved him by putting out a hand, without inconvenience to themselves, which, however, they did not do, but stared with stupid surprise at the drowning one's struggles. Yes, whilst some shouted from the bank to those in the water to save the drowning one, and those in the water did nothing, my brother neither shouted nor stood still, but dashed from the bank and did the one thing needful, which, under such circumstances, not one man in a million would have done. Now, who can wonder that a brave old man should love a son like this, and prefer him to any other?

'My boy, my own boy, you are the very image of myself, the day I took off my coat in the park to fight Big Ben,' said my father, on meeting his son wet and dripping, immediately after his bold feat. And who cannot excuse the honest pride of the old man—the stout old man?

Ay, old man, that son was worthy of thee, and thou wast worthy of such a son; a noble specimen wast thou of those strong single-minded Englishmen, who, without making a parade either of religion or loyalty, feared God and honoured their king, and were not particularly friendly to the French, whose vaunting polls they occasionally broke, as at Minden and at Malplaquet, to the confusion vast of the eternal foes of the English land. I, who was so little like thee that thou understoodst me not, and in whom with justice thou didst feel so little pride, had yet perception enough to see all thy worth, and to feel it an honour to be able to call myself thy son; and if at some no distant time, when the foreign enemy ventures to insult our shore, I be permitted to break some vaunting poll, it will be a triumph to me to think that, if thou hadst lived, thou wouldst have hailed the deed, and mightest yet discover some distant resemblance to thyself, the day when thou didst all but vanquish the mighty Brain.

I have already spoken of my brother's taste for painting, and the progress he had made in that beautiful art. It is probable that, if circumstances had not eventually diverted his mind from the pursuit, he would have attained excellence, and left behind him some enduring monument of his powers, for he had an imagination to conceive, and that yet rarer endowment, a hand capable of giving life, body, and reality to the conceptions of his mind; perhaps he wanted one thing, the want of which is but too often fatal to the sons of genius, and without which genius is little more than a splendid toy in the hands of the possessor—perseverance, dogged perseverance, in his proper calling; otherwise, though the grave had closed over him, he might still be living in the admiration of his fellow-creatures. O ye gifted ones, follow your calling, for, however various your talents may be, ye can have but one calling capable of leading ye to eminence and renown; follow resolutely the one straight path before you, it is that of your good angel, let neither obstacles nor temptations induce ye to leave it; bound along if you can; if not, on hands and knees follow it, perish in it, if needful; but ye need not fear that; no one ever yet died in the true path of his calling before he had attained the pinnacle. Turn into other paths, and for a momentary advantage or gratification ye have sold your inheritance, your immortality. Ye will never be heard of after death.

'My father has given me a hundred and fifty pounds,' said my brother to me one morning, 'and something which is better—his blessing. I am going to leave you.'

'And where are you going?'

'Where? to the great city; to London, to be sure.'

'I should like to go with you.'

'Pooh,' said my brother, 'what should you do there? But don't be discouraged, I daresay a time will come when you too will go to London.'

And, sure enough, so it did, and all but too soon.

'And what do you purpose doing there?' I demanded.

'Oh, I go to improve myself in art, to place myself under some master of high name, at least I hope to do so eventually. I have, however, a plan in my head, which I should wish first to execute; indeed, I do not think I can rest till I have done so; every one talks so much about Italy, and the wondrous artists which it has produced, and the wondrous pictures which are to be found there; now I wish to see Italy, or rather Rome, the great city, for I am told that in a certain room there is contained the grand miracle of art.'

'And what do you call it?'

'The Transfiguration, painted by one Rafael, and it is said to be the greatest work of the greatest painter whom the world has ever known. I suppose it is because everybody says so, that I have such a strange desire to see it. I have already made myself well acquainted with its locality, and think that I could almost find my way to it blindfold. When I have crossed the Tiber, which, as you are aware, runs through Rome, I must presently turn to the right, up a rather shabby street, which communicates with a large square, the farther end of which is entirely occupied by the front of an immense church, with a dome, which ascends almost to the clouds, and this church they call St. Peter's.'

'Ay, ay,' said I, 'I have read about that in Keysler's Travels.'

'Before the church, in the square, are two fountains, one on either side, casting up water in showers; between them, in the midst, is an obelisk, brought from Egypt, and covered with mysterious writing; on your right rises an edifice, not beautiful nor grand, but huge and bulky, where lives a strange kind of priest whom men call the Pope, a very horrible old individual, who would fain keep Christ in leading strings, calls the Virgin Mary the Queen of Heaven, and himself God's Lieutenant-General upon earth.'

'Ay, ay,' said I, 'I have read of him in Foxe's Book of Martyrs.'

'Well, I do not go straight forward up the flight of steps conducting into the church, but I turn to the right, and, passing under the piazza, find myself in a court of the huge bulky house; and then ascend various staircases, and pass along various corridors and galleries, all of which I could describe to you, though I have never seen them; at last a door is unlocked, and we enter a room rather high, but not particularly large, communicating with another room, into which, however, I do not go, though there are noble things in that second room—immortal things, by immortal artists; amongst others, a grand piece of Correggio; I do not enter it, for the grand picture of the world is not there; but I stand still immediately on entering the first room, and I look straight before me, neither to the right nor left, though there are noble things both on the right and left, for immediately before me at the farther end, hanging against the wall, is a picture which arrests me, and I can see nothing else, for that picture at the farther end hanging against the wall is the picture of the world. . . .'

Yes, go thy way, young enthusiast, and, whether to London town or to old Rome, may success attend thee; yet strange fears assail me and misgivings on thy account. Thou canst not rest, thou say'st, till thou hast seen the picture in the chamber at old Rome hanging over against the wall; ay, and thus thou dost exemplify thy weakness—thy strength too, it may be—for the one idea, fantastic yet lovely, which now possesses thee, could only have originated in a genial and fervent brain. Well, go, if thou must go; yet it perhaps were better for thee to bide in thy native land, and there, with fear and trembling, with groanings, with straining eyeballs, toil, drudge, slave, till thou hast made excellence thine own; thou wilt scarcely acquire it by staring at the picture over against the door in the high chamber of old Rome. Seekest thou inspiration? thou needest it not, thou hast it already; and it was never yet found by crossing the sea. What hast thou to do with old Rome, and thou an Englishman? 'Did thy blood never glow at the mention of thy native land?' as an artist merely? Yes, I trow, and with reason, for thy native land need not grudge old Rome her 'pictures of the world'; she has pictures of her own, 'pictures of England'; and is it a new thing to toss up caps and shout—England against the world? Yes, against the world in all, in all; in science and in arms, in minstrel strain, and not less in the art 'which enables the hand to deceive the intoxicated soul by means of pictures.'[1] Seek'st models? to Gainsborough and Hogarth turn, not names of the world, maybe, but English names—and England against the world! A living master? why, there he comes! thou hast had him long, he has long guided thy young hand towards the excellence which is yet far from thee, but which thou canst attain if thou shouldst persist and wrestle, even as he has done, 'midst gloom and despondency—ay, and even contempt; he who now comes up the creaking stair to thy little studio in the second floor to inspect thy last effort before thou departest, the little stout man whose face is very dark, and whose eye is vivacious; that man has attained excellence, destined some day to be acknowledged, though not till he is cold, and his mortal part returned to its kindred clay. He has painted, not pictures of the world, but English pictures, such as Gainsborough himself might have done; beautiful rural pieces, with trees which might well tempt the wild birds to perch upon them: thou needest not run to Rome, brother, where lives the old Mariolater, after pictures of the world, whilst at home there are pictures of England; nor needest thou even go to London, the big city, in search of a master, for thou hast one at home in the old East Anglian town who can instruct thee whilst thou needest instruction: better stay at home, brother, at least for a season, and toil and strive 'midst groanings and despondency till thou hast attained excellence even as he has done—the little dark man with the brown coat and the top-boots, whose name will one day be considered the chief ornament of the old town, and whose works will at no distant period rank amongst the proudest pictures of England—and England against the world!—thy master, my brother, thy, at present, all too little considered master—Crome.

 

 

Chapter 22

desire for novelty—lives of the lawless—countenances—old yeoman and dame—we live near the sea—uncouth-looking volume—the other condition—draoitheac—a dilemma—the antinomian—lodowick muggleton—anders vedel

 

But to proceed with my own story: I now ceased all at once to take much pleasure in the pursuits which formerly interested me, I yawned over Ab Gwilym, even as I now in my mind's eye perceive the reader yawning over the present pages. What was the cause of this? Constitutional lassitude, or a desire for novelty? Both it is probable had some influence in the matter, but I rather think that the latter feeling was predominant. The parting words of my brother had sunk into my mind. He had talked of travelling in strange regions and seeing strange and wonderful objects, and my imagination fell to work and drew pictures of adventures wild and fantastic, and I thought what a fine thing it must be to travel, and I wished that my father would give me his blessing, and the same sum that he had given my brother, and bid me go forth into the world; always forgetting that I had neither talents nor energies at this period which would enable me to make any successful figure on its stage.

And then I again sought up the book which had so captivated me in my infancy, and I read it through; and I sought up others of a similar character, and in seeking for them I met books also of adventure, but by no means of a harmless description, lives of wicked and lawless men, Murray and Latroon—books of singular power, but of coarse and prurient imagination—books at one time highly in vogue; now deservedly forgotten, and most difficult to be found.

And when I had gone through these books, what was my state of mind? I had derived entertainment from their perusal, but they left me more listless and unsettled than before, and I really knew not what to do to pass my time. My philological studies had become distasteful, and I had never taken any pleasure in the duties of my profession. I sat behind my desk in a state of torpor, my mind almost as blank as the paper before me, on which I rarely traced a line. It was always a relief to hear the bell ring, as it afforded me an opportunity of doing something which I was yet capable of doing, to rise and open the door and stare in the countenances of the visitors. All of a sudden I fell to studying countenances, and soon flattered myself that I had made considerable progress in the science.

'There is no faith in countenances,' said some Roman of old; 'trust anything but a person's countenance.' 'Not trust a man's countenance?' say some moderns, 'why, it is the only thing in many people that we can trust; on which account they keep it most assiduously out of the way. Trust not a man's words if you please, or you may come to very erroneous conclusions; but at all times place implicit confidence in a man's countenance, in which there is no deceit; and of necessity there can be none. If people would but look each other more in the face, we should have less cause to complain of the deception of the world; nothing so easy as physiognomy nor so useful.' Somewhat in this latter strain I thought at the time of which I am speaking. I am now older, and, let us hope, less presumptuous. It is true that in the course of my life I have scarcely ever had occasion to repent placing confidence in individuals whose countenances have prepossessed me in their favour; though to how many I may have been unjust, from whose countenances I may have drawn unfavourable conclusions, is another matter.

But it had been decreed by that Fate which governs our every action that I was soon to return to my old pursuits. It was written that I should not yet cease to be Lav-engro, though I had become, in my own opinion, a kind of Lavater. It is singular enough that my renewed ardour for philology seems to have been brought about indirectly by my physiognomical researches, in which had I not indulged, the event which I am about to relate, as far as connected with myself, might never have occurred. Amongst the various countenances which I admitted during the period of my answering the bell, there were two which particularly pleased me, and which belonged to an elderly yeoman and his wife, whom some little business had brought to our law sanctuary. I believe they experienced from me some kindness and attention, which won the old people's hearts. So, one day, when their little business had been brought to a conclusion, and they chanced to be alone with me, who was seated as usual behind the deal desk in the outer room, the old man with some confusion began to tell me how grateful himself and dame felt for the many attentions I had shown them, and how desirous they were to make me some remuneration. 'Of course,' said the old man, 'we must be cautious what we offer to so fine a young gentleman as yourself; we have, however, something we think will just suit the occasion, a strange kind of thing which people say is a book, though no one that my dame or myself have shown it to can make anything out of it; so as we are told that you are a fine young gentleman, who can read all the tongues of the earth and stars, as the Bible says, we thought, I and my dame, that it would be just the thing you would like; and my dame has it now at the bottom of her basket.'

'A book!' said I, 'how did you come by it?'

'We live near the sea,' said the old man; 'so near that sometimes our thatch is wet with the spray; and it may now be a year ago that there was a fearful storm, and a ship was driven ashore during the night, and ere the morn was a complete wreck. When we got up at daylight, there were the poor shivering crew at our door; they were foreigners, red-haired men, whose speech we did not understand; but we took them in, and warmed them, and they remained with us three days; and when they went away they left behind them this thing, here it is, part of the contents of a box which was washed ashore.'

'And did you learn who they were?'

'Why, yes; they made us understand that they were Danes.'

Danes! thought I, Danes! and instantaneously, huge and grisly, appeared to rise up before my vision the skull of the old pirate Dane, even as I had seen it of yore in the pent-house of the ancient church to which, with my mother and my brother, I had wandered on the memorable summer eve.

And now the old man handed me the book; a strange and uncouth-looking volume enough. It was not very large, but instead of the usual covering was bound in wood, and was compressed with strong iron clasps. It was a printed book, but the pages were not of paper, but vellum, and the characters were black, and resembled those generally termed Gothic.

'It is certainly a curious book,' said I; 'and I should like to have it, but I can't think of taking it as a gift, I must give you an equivalent, I never take presents from anybody.'

The old man whispered with his dame and chuckled, and then turned his face to me, and said, with another chuckle, 'Well, we have agreed about the price, but, maybe, you will not consent.'

'I don't know,' said I; 'what do you demand?'

'Why, that you shake me by the hand, and hold out your cheek to my old dame, she has taken an affection to you.'

'I shall be very glad to shake you by the hand,' said I, 'but as for the other condition, it requires consideration.'

'No consideration at all,' said the old man, with something like a sigh; 'she thinks you like her son, our only child, that was lost twenty years ago in the waves of the North Sea.'

'Oh, that alters the case altogether,' said I, 'and of course I can have no objection.'

And now at once I shook off my listlessness, to enable me to do which nothing could have happened more opportune than the above event. The Danes, the Danes! And was I at last to become acquainted, and in so singular a manner, with the speech of a people which had as far back as I could remember exercised the strongest influence over my imagination, as how should they not!—in infancy there was the summer-eve adventure, to which I often looked back, and always with a kind of strange interest with respect to those to whom such gigantic and wondrous bones could belong as I had seen on that occasion; and, more than this, I had been in Ireland, and there, under peculiar circumstances, this same interest was increased tenfold. I had mingled much whilst there with the genuine Irish—a wild but kind-hearted race, whose conversation was deeply imbued with traditionary lore, connected with the early history of their own romantic land, and from them I heard enough of the Danes, but nothing commonplace, for they never mentioned them but in terms which tallied well with my own preconceived ideas. For at an early period the Danes had invaded Ireland, and had subdued it, and though eventually driven out, had left behind them an enduring remembrance in the minds of the people, who loved to speak of their strength and their stature, in evidence of which they would point to the ancient raths or mounds where the old Danes were buried, and where bones of extraordinary size were occasionally exhumed. And as the Danes surpassed other people in strength, so, according to my narrators, they also excelled all others in wisdom, or rather in Draoitheac, or magic, for they were powerful sorcerers, they said, compared with whom the fairy men of the present day knew nothing at all, at all; and, amongst other wonderful things, they knew how to make strong beer from the heather that grows upon the bogs. Little wonder if the interest, the mysterious interest, which I had early felt about the Danes, was increased tenfold by my sojourn in Ireland.

And now I had in my possession a Danish book, which, from its appearance, might be supposed to have belonged to the very old Danes indeed; but how was I to turn it to any account? I had the book, it is true, but I did not understand the language, and how was I to overcome that difficulty? hardly by poring over the book; yet I did pore over the book, daily and nightly, till my eyes were dim, and it appeared to me that every now and then I encountered words which I understood—English words, though strangely disguised; and I said to myself, Courage! English and Danish are cognate dialects, a time will come when I shall understand this Danish; and then I pored over the book again, but with all my poring I could not understand it; and then I became angry, and I bit my lips till the blood came; and I occasionally tore a handful from my hair, and flung it upon the floor, but that did not mend the matter, for still I did not understand the book, which, however, I began to see was written in rhyme—a circumstance rather difficult to discover at first, the arrangement of the lines not differing from that which is employed in prose; and its being written in rhyme made me only the more eager to understand it.

But I toiled in vain, for I had neither grammar nor dictionary of the language; and when I sought for them could procure neither; and I was much dispirited, till suddenly a bright thought came into my head, and I said, although I cannot obtain a dictionary or grammar, I can perhaps obtain a Bible in this language, and if I can procure a Bible, I can learn the language, for the Bible in every tongue contains the same thing, and I have only to compare the words of the Danish Bible with those of the English, and, if I persevere, I shall in time acquire the language of the Danes; and I was pleased with the thought, which I considered to be a bright one, and I no longer bit my lips, or tore my hair, but I took my hat, and, going forth, I flung my hat into the air.

And when my hat came down, I put it on my head and commenced running, directing my course to the house of the Antinomian preacher, who sold books, and whom I knew to have Bibles in various tongues amongst the number, and I arrived out of breath, and I found the Antinomian in his little library, dusting his books; and the Antinomian clergyman was a tall man of about seventy, who wore a hat with a broad brim and a shallow crown, and whose manner of speaking was exceedingly nasal; and when I saw him, I cried, out of breath, 'Have you a Danish Bible?' and he replied, 'What do you want it for, friend?' and I answered, 'To learn Danish by'; 'And maybe to learn thy duty,' replied the Antinomian preacher. 'Truly, I have it not, but, as you are a customer of mine, I will endeavour to procure you one, and I will write to that laudable society which men call the Bible Society, an unworthy member of which I am, and I hope by next week to procure what you desire.'

And when I heard these words of the old man, I was very glad, and my heart yearned towards him, and I would fain enter into conversation with him; and I said, 'Why are you an Antinomian? For my part I would rather be a dog than belong to such a religion.' 'Nay, friend,' said the Antinomian, 'thou forejudgest us; know that those who call us Antinomians call us so despitefully, we do not acknowledge the designation.' 'Then you do not set all law at nought?' said I. 'Far be it from us,' said the old man, 'we only hope that, being sanctified by the Spirit from above, we have no need of the law to keep us in order. Did you ever hear tell of Lodowick Muggleton?' 'Not I.' 'That is strange; know then that he was the founder of our poor society, and after him we are frequently, though opprobriously, termed Muggletonians, for we are Christians. Here is his book, which, perhaps, you can do no better than purchase, you are fond of rare books, and this is both curious and rare; I will sell it cheap. Thank you, and now be gone, I will do all I can to procure the Bible.'

And in this manner I procured the Danish Bible, and I commenced my task; first of all, however, I locked up in a closet the volume which had excited my curiosity, saying, 'Out of this closet thou comest not till I deem myself competent to read thee,' and then I sat down in right earnest, comparing every line in the one version with the corresponding one in the other; and I passed entire nights in this manner, till I was almost blind, and the task was tedious enough at first, but I quailed not, and soon began to make progress: and at first I had a misgiving that the old book might not prove a Danish book, but was soon reassured by reading many words in the Bible which I remembered to have seen in the book; and then I went on right merrily, and I found that the language which I was studying was by no means a difficult one, and in less than a month I deemed myself able to read the book.

Anon, I took the book from the closet, and proceeded to make myself master of its contents; I had some difficulty, for the language of the book, though in the main the same as the language of the Bible, differed from it in some points, being apparently a more ancient dialect; by degrees, however, I overcame this difficulty, and I understood the contents of the book, and well did they correspond with all those ideas in which I had indulged connected with the Danes. For the book was a book of ballads, about the deeds of knights and champions, and men of huge stature; ballads which from time immemorial had been sung in the North, and which some two centuries before the time of which I am speaking had been collected by one Anders Vedel, who lived with a certain Tycho Brahe, and assisted him in making observations upon the heavenly bodies, at a place called Uranias Castle, on the little island of Hveen, in the Cattegat.