Jesus, que vossos ombros
chagados me ensinem a não protestar contra a responsabilidade que me destes; a ferida
de vosso Coração seja aceita pelo meu como o melhor conforto nas horas de
desilusão; vossa amizade de onisciente para com Judas, sobrenatura-lize meus
afetos; o olhar para Pedro, a grande lição que eu aproveite para perdoar
àqueles que não guardaram minha confiança; o amor à vossa Mãe me liberte de
todos os apegos; vosso último olhar para o Céu prenda, na esperança de vos ver,
todos os meus olhares; vossa última palavra seja minha realidade suprema.
Ó meu Jesus, que vosso último suspiro,
entrada dolorosa nos domínios da morte, guarde minha alma para a vida eterna.
Amém.Wednesday, 16 July 2014
Tuesday, 15 July 2014
"Poema Triste do Adeus ao Amor" by José Thiesen (in Portuguese)
Reconheço o passado
Passado por minhas mãos,
Por minha vida passando
a saudade, uma sombra
de tristeza passada.
Silêncio triste
de alma turvada;
anseio frustrado
de um amor passado
Vai, amor, nos véus brancos
de nossas lembranças,
rendas alvas e tristes,
lenços de despedida,
adeuses de sedas frias.
Vai, meu amor, que sigo só.
Vou por trilhas de areia seca.
Em cima há calor e azul
mas, dentro, só frio e tristeza.
Adeus.
Passado por minhas mãos,
Por minha vida passando
a saudade, uma sombra
de tristeza passada.
Silêncio triste
de alma turvada;
anseio frustrado
de um amor passado
Vai, amor, nos véus brancos
de nossas lembranças,
rendas alvas e tristes,
lenços de despedida,
adeuses de sedas frias.
Vai, meu amor, que sigo só.
Vou por trilhas de areia seca.
Em cima há calor e azul
mas, dentro, só frio e tristeza.
Adeus.
Monday, 14 July 2014
Sunday, 13 July 2014
"Ecclesiastes" (Chapter VII) by Qoheleth (in English)
Chapter 7
1
A good name is better than good ointment,
and the day of death than the day
of birth.
2 It
is better to go to the house of mourning
than to the house of feasting,
For that is the end of every man,
and the living should take it to
heart.
3 Sorrow
is better than laughter,
because when the face is sad the
heart grows wiser.
4 The
heart of the wise is in the house of mourning,
but the heart of fools is in the
house of mirth.
5 It
is better to hearken to the wise man's rebuke
than to hearken to the song of
fools;
6 For
as the crackling of thorns under a pot,
so is the fool's laughter.
7 For
oppression can make a fool of a wise man,
and a bribe corrupts the heart.
8 Better
is the end of speech than its beginning;
better is the patient spirit than
the lofty spirit.
9 Do not in spirit become quickly discontented, for
discontent lodges in the bosom of a fool. 10 Do
not say: How is it that former times were better than these? For it is not in
wisdom that you ask about this. 11 Wisdom and an
inheritance are good, and an advantage to those that see the sun. 12 For the protection of wisdom is as the protection
of money; and the advantage of knowledge is that wisdom preserves the life of
its owner.
13 Consider the work of God. Who can make straight
what he has made crooked? 14 On a good day enjoy
good things, and on an evil day consider: Both the one and the other God has
made, so that man cannot find fault with him in anything. 15 I have seen all manner of things in my vain days: a
just man perishing in his justice, and a wicked one surviving in his wickedness.
16
"Be not just to excess,
and be not overwise,
lest you be ruined.
17
Be not wicked to excess,
and be not foolish.
Why should you die before your
time?" 18 It is good to hold to this rule,
and not to let that one go; but he who fears God will win through at all
events.
19
Wisdom is a better defense for the wise man than would be ten princes in the
city, 20 yet there is no man on earth so just as
to do good and never sin. 21 Do not give heed to
every word that is spoken lest you hear your servant speaking ill of you, 22 for you know in your heart that you have many times
spoken ill of others.
23
All these things I probed in wisdom. I said, "I will acquire wisdom";
but it was beyond me. 24 What exists is
far-reaching; it is deep, very deep: who can find it out?
25
I turned my thoughts toward knowledge; I sought and pursued wisdom and reason,
and I recognized that wickedness is foolish and folly is madness. 26 More bitter than death I find the woman who is a
hunter's trap, whose heart is a snare and whose hands are prison bonds.
He who is pleasing to God will
escape her,
but the sinner will be entrapped
by her.
27 Behold,
this have I found, says Qoheleth, adding one thing to another that I might
discover the answer 28 which my soul still seeks
and has not found:
One man out of a thousand have I
come upon,
but a woman among them all I have
not found.
29
Behold, only this have I found out: God made mankind straight, but men have had
recourse to many calculations.
Saturday, 12 July 2014
"Letter to the Bishops Reconvening to the Council Vatican II" by Pope St. Paul VI (in Portuguese)
Venerável e caríssimo Irmão
Compreendendo bem os sinais e as exigências dos
tempos actuais, Nosso predecessor o Papa João XXIII, cuja piedosa lembrança
está sempre viva em Nós e no seio de toda a família cristã, com muita confiança
e ousadia empreendeu esta obra grandiosa que á o Concílio Ecuménico Vaticano
II. Estamos todos no pleno direito de pensar haver sido ele levado a isso por
um impulso especial da divina Providência, que «tudo dispõe com suavidade»(1
Sab. 8,1) e sapientissimamente provê ao bem da Igreja, conforme as suas necessidades.
Sabemos o interesse e a esperança que essa vasta
assembleia universal suscitou entre os homens; e com justa razão, glória
imortal ressaltou dela sobre o nome do Papa João XXIII, autor de tão magno
empreendimento. Depois de haver consagrado todas as suas energias a essa obra,
e de haver celebrado a primeira sessão desse Concílio Ecuménico, por um
insondável desígnio de Deus foi ele sustado pela morte, com imensa dor dos
fiéis, e também dos não-católicos. Não há dúvida, todavia, que, humildemente submisso
à vontade do céu, ao deixar este exílio terrestre tenha ele alcançado graças
abundantes para a Igreja, ele que a Deus oferecera a sua vida pelo feliz êxito
do Concílio.
E Nós, que por misteriosa disposição de Deus lhe
havemos sucedido, aceitamos a sua herança em nome do Senhor, contando com o
auxílio dos Padres do Concílio. E é por isso que, desejosos de continuar com
fervor não menor aquilo que com tanto ardor foi começado, pela presente carta,
venerável Irmão, te convocamos para a continuação do Concílio Ecuménico
Vaticano II, cuja segunda sessão, como sabes, cometerá a 29 de Setembro
próximo.
Os objectivos principais deste Concílio, o mais
imponente de todos os tempos, já os conheces. Tal como a respeito dele declarou
o Nosso ilustre predecessor, é preciso que, no seu eterno vigor, a Igreja
Católica apareça como um instrumento de salvação para todos; a ela, com efeito,
é que foi confiado por Cristo Nosso Senhor o depósito da fé, a fim de que o
guarde fielmente e, por sua incansável actividade, o faça conhecer a todos os
homens de maneira conveniente.
Possa, pois, esse enérgico vigor da Igreja, que
ilumina e emociona as almas, receber do Concílio, que é celebrado junto ao
túmulo de S. Pedro, um novo impulso. Para isto será mister promover pelos meios
oportunos as múltiplas formas de apostolado, fazendo-as convergir de maneira
ordenada para o único fim supremo; e os Leigos deverão ser admitidos a tomar
parte mais eficaz nessa obra de salvação. Deve a Igreja, além disso,
preocupar-se com favorecer a unidade entre os homens, e em primeiro lugar entre
aqueles que se professam cristãos, preocupação tão eloquentemente expressa por
esta palavra do Salvador: «haverá um só rebanho e um só pastor» (Jo. 10,16).
Cônscio da gravidade das questões que serão tratadas
no Concilio, cada Padre deverá preparar-se para a próxima sessão por uma
intensa oração e por outros exercícios de piedade. Cumpre-te, também, incitar
os teus fiéis a fazerem o mesmo, e antes de mais os sacerdotes, os religiosos e
as religiosas os doentes e os que sofrem, a fim de que ofereçam suas provações
para esse fim; e as crianças, essas flores puras e agradáveis a Deus.
Que o Espírito Santo, que vivifica o corpo da
Igreja, graças às tuas orações e às de teus fiéis, ajude esta sessão do Concílio,
e que «Cristo esteja em todas as coisas» (Col. 3,11) tal como Nós o pedimos,
sobretudo em Nossas orações.
Animados desta grande esperança, exprimimos-te,
venerável Irmão, o Nosso afecto, em penhor e testemunho do qual de todo o
coração te damos, a ti e a todos os que são objecto de tuas solicitudes
pastorais, a bênção apostólica.
Dada em Roma, em S. Pedro, no dia 14 de Setembro, festa da Exaltação da
santa Cruz, do ano de 1963, primeiro do Nosso Pontificado.
PAULUS PP. VI
Friday, 11 July 2014
“A meu irmão Guilherme de Castro Alves “ by Castro Alves (in English)
Na Cordilheira
altíssima dos Andes
Os Chimborazos
solitários, grandes
Ardem naquelas
hibernais regiões.
Ruge embalde e
fumega a solfatera...
É dos lábios
sangrentos da cratera
Que a avalanche
vacila aos furacões.
A escória rubra
com os geleiros brancos
Misturados
resvalam pelo francos
Dos ombros
friorentos do vulcão...
...............................................................
Assim, Poeta, é
tua vida imensa,
Cerca-te o gelo,
a morte, a indiferença...
E são larvas lá
dentro o coração.
Thursday, 10 July 2014
Untiled Poem by José Thiesen (in Portuguese)
Reconheço em ti que amo
E mais: vejo em ti
O meu dever de amar
E mais: vejo em ti
A ânsia de sentir-me amado.
...e
poderei um dia fugir disso?
...e
poderei um dia mudar isso?
Serei sempre aquele que persegue o Amor
E do Amor sempre foge por dele desconfiar?
Tão
mal feita como os meus poemas
É
a minha vida, mal feita, amada.
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