Saturday, 30 November 2013

"II Letter of St. John" (Translated into Portuguese)

1. O ancião à Senhora eleita e a seus filhos, que amo na verdade. Não somente eu, mas também todos os que conheceram a verdade, 2. por causa da verdade que permanece em nós e que ficará conosco eternamente. 3. Estejam convosco, na verdade e no amor: graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, Filho do Pai.

4. Muito me alegrei por ter achado entre teus filhos alguns que andam na verdade, conforme o mandamento que temos recebido do Pai. 5. E agora rogo-te, Senhora, não como quem te escreve um novo mandamento, mas sim o que tivemos desde o princípio: que nos amemos uns aos outros.

6. Nisto consiste o amor: que vivamos segundo seus mandamentos. É este o mandamento que tendes ouvido desde o princípio, e segundo o qual deveis viver.

7. Muitos sedutores têm saído pelo mundo afora, os quais não proclamam Jesus Cristo que se encarnou. Quem assim proclama é o sedutor e o Anticristo. 8. Acautelai-vos, para que não percais o fruto de nosso trabalho, mas antes possais receber plena recompensa. 9. Todo aquele que caminha sem rumo e não permanece na doutrina de Cristo, não tem Deus. Quem permanece na doutrina, este possui o Pai e o Filho. 10. Se alguém vier a vós sem trazer esta doutrina, não o recebais em vossa casa, nem o saudeis. 11. Porque quem o saúda toma parte em suas obras más.

12. Apesar de ter mais coisas que vos escrever, não o quis fazer com papel e tinta, mas espero estar entre vós e conversar de viva voz, para que a vossa alegria seja perfeita.

13. Saúdam-te os filhos de tua irmã, a escolhida.

Friday, 29 November 2013

"Forbidden Magic" by Robert E. Howard (in English)


There came to me a Man one summer night,
When all the world lay silent in the stars,
And moonlight crossed my room with ghostly bars.
He whispered hints of weird, unhallowed sight;
I followed – then in waves of spectral light
Mounted the shimmery ladders of my soul
Where moon-pale spiders, huge as dragons, stole –
Great forms like moths, with wings of wispy white.

Around the world the sighing of the loon
Shook misty lakes beneath the false-dawn’s gleams;
Rose tinted shone the sky-line’s minaret;
I rose in fear, and then with blood and sweat
Beat out the iron fabrics of my dreams,
And shaped of them a web to snare the moon.

Thursday, 28 November 2013

"The Story of a Soul" by St. Thérèse of Lisieux (translated into Portuguese)



«E serás feliz por eles não terem com que te retribuir»

Notei (e é muito natural) que as Irmãs mais santas são as mais amadas; procura-se conversar com elas, [e] prestam-se-lhes serviços sem que os peçam. [...] As almas imperfeitas, pelo contrário, não são nada procuradas; as pessoas mantêm-se, sem dúvida, em relação a elas, dentro dos limites da cortesia religiosa, mas, receando talvez dizer-lhes algumas palavras pouco amáveis, evitam a companhia delas. [...] Eis a conclusão que daí tiro: devo procurar, no recreio, nas licenças, a companhia das Irmãs que me são menos agradáveis, [e] exercer junto dessas almas feridas o ofício do Bom Samaritano [Lc 10,30-35].

Uma palavra, um sorriso amável, bastam, muitas vezes, para alegrar uma alma triste; mas não é exclusivamente para atingir esse objectivo que quero praticar a caridade, pois sei que bem depressa desanimaria: uma palavra que terei dito com a melhor intenção poderá ser interpretada completamente ao contrário. Assim, para não perder o meu tempo, quero ser amável para com todas (e em particular para com as Irmãs menos amáveis) para dar alegria a Jesus e corresponder ao conselho que Ele dá no Evangelho mais ou menos nestes termos: «Quando derdes um banquete, não convideis os vossos parentes nem os vossos amigos, não vão eles também convidar-vos, por sua vez, recebendo [vós] assim a vossa recompensa; mas convidai os pobres, os coxos, os paralíticos, e sereis felizes por eles não vos poderem retribuir, pois o vosso Pai, que vê no segredo, vos recompensará» [Mt 6,4]. Que banquete poderia uma carmelita oferecer às suas Irmãs, senão um banquete espiritual composto de caridade amável e alegre?

Quanto a mim, não conheço outro, e quero imitar São Paulo, que se alegrava com os que encontrava alegres; é verdade que chorava também com os aflitos [Rm 12,15], e algumas vezes as lágrimas devem aparecer no banquete que quero oferecer, mas procurarei sempre que essas lágrimas se transformem em alegria [Jo 16,20], já que o Senhor ama os que dão com alegria [2Cor 9,7].

Wednesday, 27 November 2013

Dedication to Léon Werth by Antoine de Saint-Exupéry (in French)



À LÉON WERTH

Je demande pardon aux enfants d’avoir dédié ce livre à une grande personne. J’ai une excuse sérieuse: cette grande personne est le meilleur ami que j’ai au monde. J’ai une autre excuse: cette grande personne peut tout comprendre, même les livres pour enfants. J’ai une troisième excuse: cette grande personne habite la France où elle a faim et froid. Elle a bien besoin d’être consolée. Si toutes ces excuses ne suffisent pas, je veux bien dédier ce livre à l’enfant qu’a été autrefois cette grande personne. Toutes les grandes personnes ont d’abord été des enfants. (Mais peu d’entre elles s’en souviennent.) Je corrige donc ma dédicace:

À LÉON WERTH

QUAND IL ÉTAIT PETIT GARÇON

Tuesday, 26 November 2013

Untitled Poem by José Thiesen (in Portuguese)

Ah, mergulho em teus olhos,
Lagos ensombrados de Outono onde
umas poucas garças ainda passeiam,
                                          nuas.

Ah, passeio por teus braços,
montes nevados de Inverno onde
camponesas úberes correm pra missa,
                                         Domingo.

Ah, passeio por teu pau ereto,
macieira florida de Primavera onde
recolho-me à sombra de ventos fortes,
                                         tantos.

Ah, passeio por teus peitos quentes,
campos floridos de Verão onde
gazelas correm de leões famintos,
                                         vorazes.

Friday, 22 November 2013

Ya se fue la ciudad by Pablo Neruda (in Spanish)



Cómo marcha el reloj sin darse prisa
con tal seguridad que se come los años:
los días son pequeñas y pasajeras uvas,
los meses se destiñen descolgados del tiempo.

Se va, se va el minuto hacia atrás, disparado
por la más inmutable artillería
y de pronto nos queda sólo un año para irnos,
un mes, un día, y llega la muerte al calendario.

Nadie pudo parar el agua que huye,
no se detuvo con amor ni pensamiento,
siguió, siguió corriendo entre el sol y los sseres,
y nos mató su estrofa pasajera.

Hasta que al fin caemos en el tiempo, tendidos,
y nos lleva, y ya nos fuimos, muertos,
arrastrados sin ser, hasta no ser ni sombra,
ni polvo, ni palabra, y allí se queda todo
y en la ciudad en donde no viviremos más
se quedaron vacíos los trajes y el orgullo.