Art by Fred Ray - Star Spangled Comics vol.1 #83 - DC Comics, August 1948.
Monday, 24 November 2014
Saturday, 22 November 2014
“Rejected” by Lord Alfred Douglas (in English)
Alas ! I have lost my God,
My beautiful God Apollo.
Wherever his footsteps trod
My feet were wont to follow.
But Oh ! it fell out one day
My soul was so heavy with weeping,
That I laid me down by the way ;
And he left me while I was sleeping.
And my soul awoke in the night,
And I bowed my ear for his fluting,
And I heard but the breath of the flight
Of wings and the night-birds hooting.
And night drank all her cup,
And I went to the shrine in the hollow,
And the voice of my cry went up :
' Apollo ! Apollo ! Apollo ! '
But he never came to the gate,
And the sun was hid in a mist,
And there came one walking late,
And I knew it was Christ,
He took my soul and bound it
With cords of iron wire,
Seven times round He wound it
With the cords of my desire.
The cords of my desire,
While my desire slept, ,
Were seven bands of wire
To bind my soul that wept.
And He hid my soul at last
In a place of stones and (ears,
Where the hours like days went past
And the days went by like years.
And after many days
That which had slept awoke,
And desire burnt in a blaze,
And my soul went up in the smoke.
And we crept away from the place
And would not look behind,
And the angel that hides his face
Was crouched on the neck of the wind.
And I went to the shrine in the hollow
Where the lutes and the flutes were playing,
And cried : ' I am come, Apollo,
Back to thy shrine, from my straying.'
But he would have none of my soul
That was stained with blood and with tears,
That had lain in the earth like a mole,
In the place of great stones and fears.
And now I am lost in the mist
Of the things that can never be,
For I will have none of Christ
And Apollo will none of me.
"Mense Maio" by Pope St. Paul VI (in Portuguese)
Carta Encíclica «Mense Maio» do Sumo Pontífice Paulo VI aos Veneráveis
Irmãos Patriarcas, Primazes, Arcebispos, Bispos e a Todos os Ordinários do
Lugar em Paz e Comunhão com a Sé Apostólica e a Todos os Homens De Boa Vontade
Por Ocasião do Mês de Maio
Veneráveis Irmãos
Ao aproximar-se o mês de
Maio, consagrado a Maria Santíssima pela piedade dos fiéis, o nosso espírito
exulta ao pensar no espetáculo comovente de fé e de amor que, dentro em breve,
será oferecido em todas as partes da terra em honra da Rainha do céu. Na verdade,
é um mês em que, nos templos e entre as paredes domésticas, sobe dos corações
dos cristãos até Maria a homenagem mais ardente e afetuosa da prece e da
veneração. E é também o mês em que mais copiosos e mais abundantes descem até
nós, do seu trono, os dons da misericórdia divina.
Maria, caminho que leva a
Cristo
Muito nos-agrada e consola este piedoso exercício,
tão honroso para a Virgem e tão rico de frutos espirituais para o povo cristão.
Maria é sempre caminho que leva a Cristo. Nenhum encontro com ela pode deixar
de ser encontro com o próprio Cristo. E que outra coisa significa o recurso
contínuo, a Maria, senão procurar, entre os seus braços, nela, por ela e com
ela, Cristo nosso Salvador, a quem os homens, no meio dos desvarios e dos
perigos da terra, têm o dever e sentem constante necessidade de dirigir-se,
como a porto de salvação e fonte transcendente de vida?
Apelo ao povo cristão
Exatamente porque o mês de Maio nos leva assim a
orarmos com maior intensidade e confiança, e porque durante ele as nossas
súplicas encontram mais fácil acesso até ao coração misericordioso da Virgem
Maria, aprouve aos nossos predecessores escolher este mês consagrado a Maria
para incitarem o povo cristão a orações públicas, todas as vezes que o
requeriam as necessidades da Igreja ou algum perigo ameaçador que pairasse
sobre o mundo. Também nós, Veneráveis Irmãos, sentimos este ano a necessidade
de dirigir convite semelhante a todo o mundo católico. Se consideramos as
necessidades presentes da Igreja e as condições em que se encontra a paz no
mundo, temos sérios motivos de crer que a hora atual tem especial gravidade, e
mais que nunca urge dirigir a todo o povo cristão um apelo para que se forme um
coro de orações.
Primeiro motivo deste apelo:
êxito do Concílio Ecumênico
O primeiro motivo deste apelo é-nos sugerido pelo
momento histórico que a Igreja está atravessando, neste período do Concílio
Ecumênico. Excepcional acontecimento, que põe à Igreja o enorme problema da sua
conveniente atualização, e de cuja solução adequada dependerão, durante longo
período, o futuro da Esposa de Cristo e a sorte de muitas almas. É a grande
hora de Deus na vida da Igreja e na história do mundo. Se bem que boa parte do
trabalho tenha sido já levado a bom termo, pesadas tarefas nos esperam ainda
durante a próxima Sessão, que será a última. Virá depois a fase, não menos
importante, da aplicação prática das decisões conciliares, a qual exigirá do
mesmo modo os esforços conjugados do Clero e dos fiéis, para que as sementes
lançadas durante o Concílio consigam deveras chegar a produzir benéficos
frutos. A confiança de que se hão de obter as luzes e as bênçãos divinas sobre
a gigantesca mole de trabalho que nos espera, colocamo-la nós naquela que, na
Sessão passada, tivemos a alegria de proclamar Mãe da Igreja. Ela, que nos
prodigalizou a sua amorosa assistência desde o princípio do Concílio,
certamente não deixará de continuar a ajudar-nos até à fase conclusiva dos
trabalhos.
Segundo motivo do apelo: a
paz do mundo
O segundo motivo do nosso apelo é-nos sugerido
pela situação internacional. Como sabeis, Veneráveis Irmãos, ela é sumamente
obscura e incerta, sentindo-se novas ameaças que põem em perigo o bem supremo
da paz do mundo. Como se nada tivessem ensinado as experiências trágicas dos dois
conflitos que ensangüentaram a primeira metade do nosso século, assistimos hoje
à temível exacerbação de antagonismos entre os povos em algumas partes do
globo, e vemos a repetição do perigoso fenômeno do recurso à força das armas, e
não às negociações, para se resolverem as questões que opõem entre si as partes
contendentes. Isto faz que os habitantes de Nações inteiras estejam sujeitos a
sofrimentos indizíveis causados por agitações, guerrilhas e ações bélicas, que
se vão sempre estendendo e intensificando, e poderão constituir, de um momento
para o outro, a centelha de novo conflito pavoroso.
Pedido aos responsáveis pela
vida pública: salvaguardar a paz ameaçada
Perante estes graves perigos da vida
internacional, Nós, conscientes de nossos deveres de Pastor supremo, julgamos
necessário manifestar as nossas preocupações e, ao mesmo tempo, o temor de que
os dissídios se venham a tornar tão agudos que degenerem num conflito
sangrento. Pedimos, portanto, instantemente, aos responsáveis pela vida pública,
que não se mantenham surdos à aspiração unânime da humanidade, que deseja a
paz. Façam tudo quanto está em sua mão para salvar a paz ameaçada. Continuem a
promover e favorecer colóquios e negociações, a todos os níveis e em todas as
ocasiões, no intento de sustarem o recurso perigoso à força, com todas as suas
tristíssimas conseqüências materiais, espirituais e morais. Procure-se
reconhecer, dentro dos caminhos traçados pelo direito, toda e qualquer
aspiração verdadeira e sincera de justiça e de paz, para lhe dar expressão e
satisfação, e haja confiança em todos os atos leais de boa vontade, de maneira
que prevaleça a causa positiva da ordem sobre a causa da desordem e da ruína.
Infelizmente, nesta
situação dolorosa, somos obrigados a reconhecer, com grande amargura, que se
esquece muitas vezes o respeito devido ao caráter sagrado da vida humana, e se
recorre a sistemas e atitudes que estão em clara oposição com o senso moral e
os costumes de povos civilizados. E, a este propósito, não podemos deixar de elevar
a nossa voz em defesa da dignidade humana e da civilização cristã, para
deplorar os atos de guerrilha e de terrorismo, a tomada de reféns e as
represálias contra populações indefesas. Delitos estes que, ao mesmo tempo que
fazem retroceder o sentido do que é justo e é humano, exasperam cada vez mais
os ânimos dos contendores e podem fechar os caminhos até agora abertos à
negociações. Estas, quando francas e leais, deveriam levar a um acordo
razoável.
As nossas preocupações,
como bem sabeis, Veneráveis Irmãos, são inspiradas não por interesses pessoais,
mas unicamente pelo desejo de proteger todos os que sofrem e de promover o bem
de todos os povos. E fazemos votos por que a consciência das próprias responsabilidades,
diante de Deus e diante da história, tenha força suficiente para levar os
Governos a prosseguirem nos seus esforços generosos para salvaguardar a paz, e
para afastar quanto possível os obstáculos reais ou psicológicos, que se opõem
a um entendimento seguro e sincero.
Conseguir a paz pela oração
Mas a paz, Veneráveis Irmãos, não é pura
conseqüência de esforços humanos, é também e sobretudo, dom de Deus. A paz
desce do céu; e reinará de verdade entre os homens, quando chegarmos a merecer
que ela nos seja concedida pelo Deus onipotente, que tem nas suas mãos tanto a
felicidade e a sorte dos povos como os corações dos homens. Por isso nós, com a
oração, continuaremos a procurar conseguir este bem insuperável; com a oração
constante e vigilante, como sempre fez a Igreja desde os primeiros tempos; com
a oração que recorrerá, de modo particular, à intercessão e proteção da Virgem
Maria, Rainha da paz.
Acolha, Maria, os pedidos de
paz
É para Maria, Veneráveis Irmãos, que se levantam
neste mês mariano as nossas súplicas, implorando com maior fervor e confiança
as suas graças e os seus favores. E se as graves culpas dos homens pesam na
balança da justiça de Deus e provocam os seus justos castigos, sabemos por
outro lado que o Senhor é "o Pai das misericórdias e o Deus de toda a
consolação" (2 Cor 1, 3), e que Maria Santíssima foi constituída
administradora e dispensadora generosa dos tesouros da sua misericórdia. Ela,
que experimentou as penas e as tribulações da terra, o cansaço do trabalho de
cada dia, os incômodos e os apertos da pobreza, as dores do Calvário, venha em
socorro das necessidades da Igreja e do mundo; acolha benigna os pedidos de paz
que a ela sobem de todos os pontos da terra; ilumine os que dirigem a sorte dos
povos; consiga que Deus, dominador de ventos e tempestades, acalme também as
tempestades dos corações humanos em guerra e "nos dê a paz nos nossos
dias", a paz verdadeira, que se funda nas bases sólidas e duradouras da
justiça e do amor; justiça igual, tanto para o fraco como para o forte; amor
que afaste os tresvarios do egoísmo, de maneira que a salvaguarda dos direitos
de cada um não degenere em esquecimento ou negação do direito alheio.
Promover especiais preces
Reza do Santo Rosário
E vós, Veneráveis Irmãos, do modo que julgardes
mais oportuno, tornai conhecidos aos vossos féis estes nossos votos e a nossa
exortação; e tomai as necessárias providências para que, em todas as dioceses e
em todas as paróquias, se promovam, durante o próximo mês de Maria, especiais
preces, e para que, em particular, a festividade consagrada a Maria Rainha seja
dedicada a uma solene súplica em comum pelas intenções acima indicadas. Atribuímos
especial valor às orações dos inocentes e dos que sofrem, porque são estas as
vozes que penetram, melhor que todas as outras, no céu e desarmam a justiça
divina. E, aproveitando a ocasião favorável, não deixeis de inculcar, com a
maior insistência, a reza do Santo Rosário, oração tão agradável à Virgem Maria
e tão recomendada pelos Sumos Pontífices. Por meio dela, podem os fiéis
cumprir, da maneira mais suave e eficaz, a ordem do Divino Mestre: "Pedi e
vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto" (Mt 7,7).
Com estes sentimentos,
esperando que a nossa exortação encontrará prontidão e docilidade nos ânimos de
todos, a vós, Veneráveis Irmãos, e a todos os vossos féis, concedemos com todo
o afeto a bênção apostólica.
Roma, junto de São Pedro, 29
de abril de 1965, II ano do nosso pontificado
PAULUS PP. VI
Sonnet XVII by William Shakespeare (in English)
Who will believe my verse in time to come,
If it were filled with your most high deserts?
Though yet heaven knows it is but as a tomb
Which hides your life, and shows not half your parts.
If I could write the beauty of your eyes,
And in fresh numbers number all your graces,
The age to come would say 'This poet lies;
Such heavenly touches ne'er touched earthly faces.'
So should my papers, yellowed with their age,
Be scorned, like old men of less truth than tongue,
And your true rights be termed a poet's rage
And stretched metre of an antique song:
But were some child
of yours alive that time,
You should live
twice, in it, and in my rhyme.
Wednesday, 19 November 2014
“A uma Taça Feita de um Crânio Humano” by Lord Byron (in Portuguese)
"Não recues!
De mim não foi-se o espírito...
Em mim verás —
pobre caveira fria —
Único crânio que,
ao invés dos vivos,
Só derrama
alegria.
Vivi! amei! bebi
qual tu: Na morte
Arrancaram da
terra os ossos meus.
Não me insultes!
empina-me!... que a larva
Tem beijos mais
sombrios do que os teus.
Mais val guardar
o sumo da parreira
Do que ao verme
do chão ser pasto vil;
— Taça — levar
dos Deuses a bebida,
Que o pasto do
reptil.
Que este vaso,
onde o espírito brilhava,
Vá nos outros o
espírito acender.
Ai! Quando um
crânio já não tem mais cérebro
...Podeis de
vinho o encher!
Bebe, enquanto
inda é tempo! Uma outra raça,
Quando tu e os
teus fordes nos fossos,
Pode do abraço te
livrar da terra,
E ébria folgando
profanar teus ossos.
E por que não? Se
no correr da vida
Tanto mal, tanta
dor aí repousa?
É bom fugindo à
podridão do lodo
Servir na morte
enfim p'ra alguma coisa!... "
Untitled Trova by Unknown Writer (in Portuguese)
Quem canta, seu
mal espanta;
Quem chora seu
mal aumenta:
Eu canto para espalhar
A paixão que me
atormenta.
Tuesday, 18 November 2014
“Salutation of the Virtues” by St. Francis of Assisi (in English)
Hail, queen
wisdom! May the Lord save thee with thy sister holy pure simplicity! O Lady,
holy poverty, may the Lord save thee with thy sister holy humility! O Lady,
holy charity, may the Lord save thee with thy sister holy obedience! O all ye
most holy virtues, may the Lord, from whom you proceed and come, save you!
There is absolutely no man in the whole world who can possess one among you
unless he first die. He who possesses one and does not offend the others,
possesses all; and he who offends one, possesses none and offends all; and
every one [of them] confounds vices and sins. Holy wisdom confounds Satan and
all his wickednesses. Pure holy simplicity confounds all the wisdom of this
world and the wisdom of the flesh. Holy poverty confounds cupidity and avarice
and the cares of this world. Holy humility confounds pride and all the men of
this world and all things that are in the world. Holy charity confounds all
diabolical and fleshly temptations and all fleshly fears. Holy obedience
confounds all bodily and fleshly desires and keeps the body mortified to the
obedience of the spirit and to the obedience of one's brother and makes a man
subject to all the men of this world and not to men alone, but also to all
beasts and wild animals, so that they may do with him whatsoever they will, in
so far as it may be granted to them from above by the Lord.
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