Sunday, 14 December 2014

“O Amor...” by Cecília Meireles (in Portuguese)



É difícil para os indecisos.
É assustador para os medrosos.
Avassalador para os apaixonados!
Mas, os vencedores no amor são os fortes.
Os que sabem o que querem e querem o que têm!
Sonhar um sonho a dois,
e nunca desistir da busca de ser feliz,
é para poucos!!"

Friday, 12 December 2014

“Ballad of Reading Gaol - Version I”, final by Oscar Wilde (in English)



VI.

In Reading gaol by Reading town
There is a pit of shame,
And in it lies a wretched man
Eaten by teeth of flame,
In burning winding-sheet he lies,
And his grave has got no name.

And there, till Christ call forth the dead,
In silence let him lie:
No need to waste the foolish tear,
Or heave the windy sigh:
The man had killed the thing he loved,
And so he had to die.

And all men kill the thing they love,
By all let this be heard,
Some do it with a bitter look,
Some with a flattering word,
The coward does it with a kiss,
The brave man with a sword!

Thursday, 11 December 2014

“Ato de Abandono” by Réginald Marie Garrigou-Lagrange, O.P. (in Portuguese)



Em vossas mãos, ó meu Deus, eu me entrego.
Virai e revirai esta argila,
sicut lutum in manu figuli (Jeremias 18, 6),
como a vasilha que se modela nas mãos do oleiro.
Dai-lhe forma;
e em seguida despedaçai-a, se assim quiserdes;
ela vos pertence, e nada tem a dizer.
Basta-me que ela sirva a todos os vossos desígnios
e que em nada resista a vosso divino beneplácito,
para o qual eu fui criado.
Pedi, ordenai;
que quereis que eu faça?
que quereis que eu deixe de fazer?
Exaltado ou rebaixado,
perseguido, consolado ou aflito,
utilizado em vossas obras ou sem para nada servir,
a mim não resta senão dizer,
a exemplo de vossa Mãe Santíssima:
“Seja feito segundo a vossa palavra”.

Concedei-me o amor por excelência,
o amor da cruz,
não destas cruzes heroicas
cujo esplendor poderia nutrir o amor próprio,
mas destas cruzes ordinárias
que nós carregamos, ai de nós, com tanta repugnância,
destas cruzes de todos os dias,
com as quais a vida está repleta
e com as quais nos deparamos a todo momento,
no caminho, na contradição, no esquecimento,
no fracasso, nos falsos julgamentos, nas contrariedades,
nas friezas ou no entusiasmo de alguns,
na grosseria ou no desprezo dos outros,
na enfermidade do corpo, nas trevas do espírito,
no silêncio e na secura do coração.
Somente então sabereis que vos amo,
embora, às vezes, nem eu mesmo o saiba nem sinta;
e isto me basta!

Wednesday, 10 December 2014

Untitled Poem by José Thiesen (in Portuguese)

Caminho com passos trôpegos,
Vascilantes.
Caminho por só uma vereda,
Arenosa.
Voam folhas secas dum plátano,
solitárias.
Asnos rosados contemplam-me,
melancólicos.
Vou apenas, caminhando sempre,
Solitário.

Tuesday, 9 December 2014

“12 Angry Men” by Reginald Rose (in English)



Juror #3: [as Juror 8 sets up an experiment to see if the old man could reach his front door in 15 seconds] What do you mean, *you* wanna try it? Why didn't his lawyer bring it up if it's so important?

Juror #5: Well, maybe he just didn't think about it, huh?

Juror #10: What do you mean didn't think of it? Do you think the man's an idiot or something? It's an obvious thing!

Juror #5: Did *you* think of it?

Juror #10: Listen, smart guy, it don't matter whether I thought of it. He didn't bring it up because he knew it would hurt his case. What do you think of that?

Juror #8: Maybe he didn't bring it up because it would've meant bullying and badgering a helpless old man. You know that doesn't sit very well with a jury; most lawyers avoid it if they can.

Juror #7: So what kind of a bum is he, then?

Juror #8: That's what I've been asking, buddy.

Sunday, 7 December 2014

Untitled Poem by José Thiesen (in Portuguese)

Ao M. L. de Souza

Haverá sempre risos para quem sorrir
E abraços para quem abraçar.
Haverá sempre canções para o cantor
e trilhas para o viajor.

Para um amigo sempre haverá
um coração ofertado
como o silencioso desabrochar
de uma rosa.