Wednesday, 15 April 2015

“The Ass and the Mule” by Aesop (translated into English)



     A Muleteer set forth on a journey, driving before him an Ass and a Mule, both well laden. The Ass, as long as he traveled along the plain, carried his load with ease, but when he began to ascend the steep path of the mountain, felt his load to be more than he could bear. He entreated his companion to relieve him of a small portion, that he might carry home the rest; but the Mule paid no attention to the request. The Ass shortly afterwards fell down dead under his burden. Not knowing what else to do in so wild a region, the Muleteer placed upon the Mule the load carried by the Ass in addition to his own, and at the top of all placed the hide of the Ass, after he had skinned him. The Mule, groaning beneath his heavy burden, said to himself: "I am treated according to my deserts. If I had only been willing to assist the Ass a little in his need, I should not now be bearing, together with his burden, himself as well."

                        "An ounce of prevention is worth a pound of cure"-

Tuesday, 14 April 2015

"Evangelho Segundo Jadar",Chapter IV by José Thiesen (in Portuguese)



            A fama de Jesus crescia por causa de sua sabedoria e autoridade sobre os demônios.
           Um dia, pregava numa casa e a casa estava cheia e a multidão se espalhava para fora da casa. Todos queriam ouvi-lo e houve um paralítico que desejou ser curado.
Aqueles que o ajudavam levaram-no até a casa, mas não podiam entrar por causa da multidão. Ora, como as casas dos judeus são construídas uma ao lado das outras e são abertas em cima por causa do calor, subiram por uma casa vizinha e o desceram pela abertura de cima.
Tendo Jesus contemplado o esforço daqueles homens, deu graças ao Senhor por sua presença ali e lhes disse: “Meu filho, teus pecados te são perdoados”.
O paralítico entristeceu e alguns levitas que ali estavam se escandalizaram dizendo: “Somente Deus pode perdoar os pecados de alguém!”
Respondeu-lhes Jesus: “Estais certos. E o que é mais fácil de se dizer a um paralítico: ‘teus pecados te são perdoados’ ou ‘levanta, toma tua rede e vai para casa’? Pois para que saibais que tenho o poder de perdoar os pecados de alguém, eu te digo: levanta, toma tua rede e vai para casa.”
Imediatamente o homem que não andava levantou-se e andou, a dar graças ao Altíssimo.
Mas insistiram os levitas: “Não vos deixeis impressionar pelo que este homem faz! Ele se quer fazer igual ao Altíssimo! É um blasfemo! Como poderia o Altíssimo operar milagres por meio dele? Antes, é pelo poder de Belzebú que ele cura!”
Respondeu-lhes Jesus: “Não dizeis vós que um homem fica paralítico por causa dum demônio que o impede de andar? Ora, porque o Diabo agiria contra si mesmo? Em verdade vos digo: eu somente falo do que ouvi de meu Pai que está nos céus. A palavra de Deus é vida e eu sou a Vida! Quem vem a mim jamais morrerá, pois o ressuscitarei no último dia. Este é o desejo do Senhor: que todos vivam e nenhum se perca!”
Então os levitas comprenderam que Jesus corrompia a religião e levaram sua preocupação aos sacerdotes, no Templo em Jerusalém. Estes enviaram alguns escribas para questionar a Jesus.
Após ouvirem sua pregação, os escribas pediram de Jesus um sinal do céu para que vissem claramente o poder pelo qual pregava, mas Jesus enfureceu-se com eles e lhes disse: “Ai de vós, desgraçados, que tentais impedir que o Reino de Deus se manifeste!
“Ai de vós, demônios, que tornais discípulos inocentes em outros demônios!
“Ai de vós, traidores, que corrompeis a religião para garantir vossas posições!
“Ai de vós, tolos, que limpais o exterior do corpo e por dentro sois uma cloaca!
“Serpentes! Como havereis de escapar da ira de meu Pai?
“A vós do Templo eu digo que não vos será dado nenhum sinal que não o do profeta Jonas!
"Antes vos digo: vinde a mim todos os que amam a verdade e a luz, pois meu fardo é leve e meu jugo suave. Se fordes perseguidos e mortos por causa de mim, morrereis felizes e sereis grandes na casa de meu Pai!
Os escribas voltaram ao Templo cheios de ódio por Jesus.

Saturday, 11 April 2015

Sonnet by Alphonsus de Guimaraens (in Portuguese)

Mãos que os lírios invejam, mãos eleitas
Para aliviar de Cristo os sofrimentos,
Cujas veias azuis parecem feitas
Da mesma essência astral dos olhos bentos;

Mãos de sonho e de crença, mãos afeitas
A guiar do moribundo os passos lentos,
E em séculos de fé, rosas desfeitas
Em hinos sobre as torres dos conventos.

Mãos a bordar o santo Escapulário,
Que revelastes, para quem padece,
O inefável consôlo do Rosário;

Mãos ungidas no sangue da Coroa,
Deixai tombar sobre minh'alma em prece
A benção que redime e que perdoa!

Friday, 10 April 2015

"Serenata" by Cecília Meireles (in Portuguese)

Permita que eu feche os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.

Permita que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silencio,
e a dor é de origem divina.

Permita que eu volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo"

Thursday, 9 April 2015

"Canzonet" by Oscar Wilde (in English)

I have no store
Of gryphon-guarded gold;
Now, as before,
Bare is the shepherd's fold.
Rubies nor pearls
Have I to gem thy throat;
Yet woodland girls
Have loved the shepherd's note.

Then pluck a reed
And bid me sing to thee,
For I would feed
Thine ears with melody,
Who art more fair
Than fairest fleur-de-lys,
More sweet and rare
Than sweetest ambergris.

What dost thou fear?
Young Hyacinth is slain,
Pan is not here,
And will not come again.
No horned Faun
Treads down the yellow leas,
No God at dawn
Steals through the olive trees.

Hylas is dead,
Nor will he e'er divine
Those little red
Rose-petalled lips of thine.
On the high hill
No ivory dryads play,
Silver and still
Sinks the sad autumn day.

Wednesday, 8 April 2015

"Vae Victis!" by Lord Alfred Douglas (in English)

Here in this isle
The summer still lingers,
And Autumn's brown fingers
So busy the while
With the leaves in the north;
Are scarcely put forth
In this land where the sun still glows like an ember,.
In mid-November.

In England it's cold,
And the yellow and red
Of October have fled ;
And the sun is wet gold
Like an emperor weeping,
When Death goes a-reaping
All through his empire, merciless comer
The dead things of summer.

The sky has cried so
That the earth is all sodden,
With dead leaves in-trodden,
And the trees to and fro
Wave their arms in the air
In despair, in despair :
They are thinking of all the hot days that are over,
And the cows in the clover.

Here the roses are out,
And the sun at high noon
Makes the birds faint and swoon.
But the cricket's about
With his song, and the hum
Of the bees as they come
To feast at the honey-board laden and groaning,
Makes musical droning.

But vainly, alas !
Do I hide in the south,
Kiss close with my mouth
Red flowers, green grass,
For Autumn has found me
And thrown her arms around me.
She has breathed on my lips and I wander apart,
Dead leaves in my heart.