Ó lua, o argênteo véu se espalma
por sobre a noite eterna
que eu tenho dentro d'alma.
Ao teu luar de prata
um beijo originou
o amor que aquela ingrata
em cinzas transformou
ao teu luar!
Às ondas, espúmeas serpentinas
às líricas ondinas
à branca espumarada
um infeliz lamenta
que amando enlouqueceu.
Ó lua prateada
esse infeliz sou eu!
Alvo sol, branca luz
que iluminaste sobre a cruz
a fronte de Jesus
vem luzir por sobre a minha dor
Ó vem ungir minh'alma a cair
neste abismo de amor
Oh! Lua, pudesse eu, qual um astro,
Na luminosa umbela
Seguir-te o elúrneo rastro
e, de saudade dela,
no espaço derramar
o pranto que entre estrelas
transforma-se ao luar.
Friday, 5 January 2024
Friday's Sung Word: "Abismo de Amor" by Cândido das Neves (in Portuguese)
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