Foi u’a manhã de sol, clara e limpa.
Ele deixou-me só no quarto
para que me vestisse. A casa estava estranhamente vazia e silenciosa. Não vi
sinal de minha mãe, coisa estranhíssima, pois era suposto vê-la a limpar a casa
enquanto ouvia algum programa na televisão.
Encontrei o sr. Pavel na
rua.
Quando acheguei-me a ele,
Pavel começou a esquadrinhar o céu, como à procura de alguma coisa. Então,
derrepente, ele exclamou:
- Táxi! Cá em baixo, por
favor!
Ele movia a cabeça, como a
acompanhar alguma coisa descendo do céu e parando à nossa frente, mas na
estrada, junto ao cordão da calçada. Eu não via coisa alguma, mas já
preparando-me para coisas não ordinárias, como a minha casa vazia, a despeito
de mamãe, e o laboratório do tio Clóvis, simplesmente o acompanhei,
preparando-me para tudo.
O sr. Pavel avançou, pois,
desceu o cordão da calçada e ficou de lado para ele, como se tivesse entrado em
algum veículo.
- Venha, disse ele e
simplesmente obedeci, ficando ao seu lado.
Eu sentia-me um pouco ridículo,
parado junto ao meio-fio ao lado daquele homem tão sério que então, falou como
se se dirigisse a alguém à sua frente: O salão de festas, por favor.
E então, uma... força,
talvez, nos pegou por tras obrigando-nos a sentar no ar e ergueu-nos, rumo ao céu,
acima das nuvens!
Foi das coisas mais excitantes que jamais
experimentei! O chão ficando lá longe, as pessoas ficando tão pequeninas que
desapareciam , as ruas tornando-se um emaranhado de linhas, de riscos até
chegarmos às nuvens que nos esconderam todo o bulicio do mundo lá embaixo!
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